O controle da glicose ao longo do dia depende da escolha dos alimentos e da forma como modulam a digestão, a absorção dos carboidratos e a resposta da insulina, conforme explica a nutricionista Roberta Lara. A especialista em nutrição focada em mulheres no climatério e menopausa cita determinadas opções com o potencial de contribuir para a estabilidade glicêmica.
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Roberta salienta que cada um dos alimentos atua por “mecanismos diferentes”, entretanto o trio tem em comum o efeito de retardar a absorção da glicose e promover uma liberação mais gradual de energia, ao evitar picos de açúcar no sangue e quedas bruscas. Segundo a expert, esse desequilíbrio é responsável por fome excessiva, cansaço e piora da sensibilidade à insulina.
Comer determinados alimentos no café da manhã ajuda a regular a glicose ao longo do dia
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A glicose é um tipo de açúcar simples que circula no corpo e oferece energia para as células
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Manter elevado o nível de glicose impacta na saúde e tende a colaborar com o surgimento de outras doenças
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A alimentação impacta no nível de glicose, que é um tipo de açúcar que circula pelo sangue
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Alimentos x glicose
A seguir, a nutricionista elenca os alimentos:
1. Aveia
Esse cereal se destaca pela alta presença de betaglucana, uma fibra solúvel que forma um gel espesso no trato gastrointestinal. Segundo a especialista, essa substância viscosa diminui a velocidade com que o estômago esvazia e retarda a digestão de carboidratos ingeridos juntos à aveia. “Como consequência, a glicose chega ao sangue de forma mais lenta e constante, o que reduz picos pós-prandiais e melhora o controle glicêmico ao longo do dia”, esclarece.
Patrícia complementa sobre o cereal promover uma saciedade prolongada por auxiliar na regulação da fome. “Isso acaba evitando beliscos que poderiam elevar a glicemia de forma repetida”, pondera.
2. Abacate
O fruto é rico em gorduras monoinsaturadas, também encontradas no azeite de oliva, e capazes de “modular a resposta glicêmica ao retardar a absorção dos carboidratos e melhorar a ação da insulina, facilitando a entrada da glicose nas células”. Também fonte de fibras, o abacate oferece o processo de digestão lenta e, assim, oferece energia de forma gradual e colabora para a manutenção da glicemia estável.
“O consumo regular de abacate está associado a melhor saciedade e menor oscilação glicêmica entre as refeições, justamente por diminuir a resposta insulinêmica exagerada”, ressalta a expert em nutrição.
3. Oleaginosas
De acordo com Patrícia Lara, as oleaginosas — a exemplo de amêndoas, nozes e castanhas — combinam fibras, gorduras e proteínas em um único alimento. “Essa composição torna a digestão mais lenta e promove um aumento mais gradual da glicose no sangue, principalmente quando consumidas junto a fontes de carboidratos como frutas”, garante.
“Além de reduzir o índice glicêmico das refeições, as oleaginosas ajudam a modular inflamação e a melhorar a sensibilidade à insulina com o uso contínuo, o que é essencial para quem busca estabilidade metabólica”, enfatiza a nutricionista. Ela emenda: “O efeito de saciedade também previne oscilações glicêmicas ao longo do dia.”
Ao finalizar, a expert em nutrição focada em mulheres no climatério e menopausa frisa que a aveia, o abacate e as oleaginosas são alimentos que “atuam diretamente na lentificação da digestão, na redução da absorção rápida de carboidratos, na modulação da insulina e na manutenção da energia constante.”
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