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    A anatomia da impunidade: o caso Rodrigo Bacellar

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    Em sessão extraordinária e polêmica realizada no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), vimos a escandalosa revogação da prisão de seu presidente, Rodrigo Bacellar. A votação, marcada por aplausos de aliados, terminou com 42 votos a favor da soltura, 21 contra e duas abstenções.

    As Acusações

    Rodrigo Bacellar foi preso pela Polícia Federal (PF) acusado de vazar informações sigilosas de investigações para o deputado conhecido como TH Joias, apontado como tendo ligações com a facção criminosa Comando Vermelho.

    Segundo as informações apresentadas, Bacellar teria alertado TH Joias sobre uma operação iminente contra ele. A gravidade da denúncia é reforçada por evidências colhidas pela PF: apenas alguns minutos após o aviso, um caminhão de mudança chegou à residência de TH Joias para retirar provas e objetos comprometedores antes da chegada dos agentes.

    Apesar da tentativa de ocultação, a polícia encontrou grandes quantias de dinheiro em espécie na residência do deputado ligado ao tráfico, conforme imagens divulgadas da operação.

    Corporativismo e Repercussão

    É importante destacar a postura de Bacellar durante seu depoimento após a prisão. O presidente da Assembleia afirmou que “não estava ali para entregar colega”, sinalizando uma proteção corporativista entre os parlamentares, independentemente das acusações,

    A decisão do plenário de libertar o parlamentar, revertendo a ação da Polícia Federal, gerou fortes críticas sobre a impunidade e o histórico de corrupção política no estado do Rio de Janeiro.

    Com a decisão da Alerj, Rodrigo Bacellar deve reassumir a presidência da Casa Legislativa, apesar das suspeitas de obstrução de justiça e favorecimento a investigados.

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