Aliados de Lula avaliam que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também ganhou uma vantagem ao cancelar a sabatina do ministro Jorge Messias, indicado pelo petista ao STF.
Na terça-feira (2/12), Alcolumbre anunciou o cancelamento da sabatina usando como argumento o fato de o governo não ter enviado ao Senado a mensagem oficial com a indicação de Messias.
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Lula, Hugo Motta e Davi Alcolumbre
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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP)
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Lula e Alcolumbre
Vinicius Schmidt/ Metrópoles
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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP)
BRENO ESAKI/METRÓPOLES
Até então, a sabatina estava marcada para a quarta-feira (10/12). O presidente do Senado, entretanto, não anunciou uma nova data para o evento, o que praticamente joga a sabatina para 2026.
A avaliação de governistas é de que, assim como Messias terá mais meses para angariar apoios, Alcolumbre terá o “governo na mão” por mais tempo para cobrar contrapartidas.
Uma das possíveis exigências do presidente do Senado e de senadores aliados a ele seria a possibilidade de indicar novos cargos ou conseguir o comando de estatais em diferentes estados brasileiros.
Na avaliação desses governistas, os senadores devem aproveitar o cancelamento da sabatina para apresentar suas demandas a ministros do Palácio do Planalto ou diretamente ao presidente Lula.
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Como a coluna noticiou, Lula entrou pessoalmente em campo para ajudar Messias e passou a receber senadores. Na segunda-feira (1º/12), por exemplo, recebeu Otto Alencar (PSD-BA).
O senador baiano é o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado do Senado responsável por sabatinar indicados a tribunais superiores, entre eles, o Supremo.
