No mesmo dia em que o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o chamado PL da Dosimetria, que reduz a pena de Jair Bolsonaro (PL), um caso antigo do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator da matéria, voltou a ter andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após dois anos sem movimentação, o ministro André Mendonça, relator do Inquérito 4.735, destravou o andamento de ação que investiga o suposto envolvimento do deputado federal Paulo Pereira da Silva em esquema de captação ilícita de clientela para ajuizamento de ações trabalhistas.
O esquema, segundo ação, ocorria a partir de listas com nomes e dados de trabalhadores demitidos, obtidas junto aos sindicatos sob influência do parlamentar. Segundo apontam as informações do processo no STF, Paulinho teria recebido uma mesada de R$ 100 mil pelas indicações.
O caso data de 2018 e a última movimentação do STF tinha ocorrido em 2023. Naquele ano e em novembro de 2025, a Polícia Federal pediu para sanar uma dúvida sobre a tramitação do processo e sobre o andamento.
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“Solicitam-se informações acerca de eventual arquivamento do referido feito ou sobre a situação processual atual do inquérito, a fim de possibilitar a devida atualização dos sistemas internos de controle da Polícia Federal”, afirmou a corporação no pedido ao STF.
Nesta terça (9/12), foi publicado o despacho de André Mendonça, encaminhando o pedido para manifestação da Procuradoria-geral da República (PGR).
