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    Alimentos para comer à noite que ajudam a queimar gordura após os 50

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    Com o avanço da idade, especialmente após os 50 anos, o metabolismo tende a desacelerar, a massa muscular diminui e o sono passa a ter papel ainda mais decisivo no controle do peso e gordura. Nesse contexto, especialistas apontam que escolhas alimentares estratégicas no período noturno, ou mesmo a decisão de comer menos, podem influenciar diretamente a queima de gordura, a qualidade do sono e o equilíbrio hormonal.

    Segundo o Jô Furlan, médico, neurocientista e nutrólogo com especialização pela ABRAN, não existe alimento milagroso, mas sim um conjunto de fatores que envolve padrão alimentar, sono adequado e respeito ao ritmo biológico do corpo.

    Principais impactos de refeições ou lanches noturnos bem escolhidos

    • Equilíbrio da glicemia: alimentos certos evitam picos de insulina, que favorecem o acúmulo de gordura.
    • Maior saciedade: proteínas de digestão lenta reduzem a vontade de beliscar à noite.
    • Apoio ao metabolismo: chás e compostos bioativos podem estimular a termogênese de forma discreta.
    • Preservação muscular: ingestão adequada de proteínas ajuda a combater a sarcopenia (perda progressiva de massa, força e função muscular).
    • Saúde intestinal: alimentos fermentados contribuem para reduzir inflamação e melhorar a sensibilidade à insulina.

    Alimentos para comer à noite que ajudam a queimar gordura após os 50 - destaque galeria5 imagensOvo cozidoDormir bemChásChá de canelaFechar modal.MetrópolesMelão1 de 5

    Melão

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    Ovo cozido

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    Dormir bem

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    Chás

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    Chá de canela

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    O papel central do sono na queima de gordura

    De acordo com o especialista, já se sabe que dormir bem vai muito além do descanso. Dormir sete a oito horas por noite é fundamental para “resetar” neurotransmissores, regular hormônios como cortisol, grelina, GH e melatonina e favorecer a oxidação de gordura.

    “Um sono ruim eleva cortisol e grelina, o que aumenta a formação de gordura em até 10% a 15%. Ao invés de queimar, o corpo passa a estocar”, explica o médico.

    Além disso, hábitos como uso excessivo de telas à noite reduzem a melatonina e prejudicam diretamente o emagrecimento.

    Alimentos e bebidas que podem ser aliados à noite

    • Chás de canela e cardamomo: ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir o cortisol.
    • Ovos cozidos: proteínas de digestão lenta que aumentam saciedade e preservam massa muscular.
    • Vinagre de maçã diluído: pode reduzir picos glicêmicos em pessoas com resistência à insulina.
    • Sauerkraut (repolho fermentado): modula a microbiota intestinal, reduz inflamação e melhora o metabolismo.
    • Pimenta-caiena: tem efeito termogênico leve, mais relevante durante o dia do que à noite.
    • Melão: opção leve, com impacto discreto na glicemia, quando consumido com moderação.

    Alimentação saudável

    O que evitar antes de dormir

    Jô Furlan é categórico ao alertar sobre alguns hábitos comuns:

    • Cafeína após as 16h (café, chás estimulantes, chocolate).
    • Álcool, que aumenta cortisol e reduz o hormônio do crescimento (GH).
    • Doces e carboidratos refinados, que geram picos de insulina.
    • Refeições pesadas e volumosas, que prejudicam digestão e sono.

    “Comer muito à noite, principalmente carboidrato e açúcar, não queima gordura — gera gordura”, resume.

    A noite é para dormir, não comer

    Atenção a condições específicas

    Refluxo: evitar pimenta, vinagre e fermentados ácidos à noite.
    Diabetes: cuidado com vinagre de maçã associado a hipoglicemiantes noturnos.
    Problemas cardíacos ou hipertensão: cautela com pimenta-caiena devido ao risco de taquicardia.

    Quantidade e horário ideais

    O especialista defende que a noite foi feita para dormir, não para comer. Quando necessário:

    • Consumo 1 a 2 horas antes de deitar;
    • Refeições leves, com até 150–250 calorias;
    • Preferência por padrão low carb, rico em proteínas;
    • Evitar alimentos sólidos após 20h, sempre que possível.

    O sono é muito importante para a perda de gordura

    Mais longevidade, menos mágica

    Em resumo, a escolha de alimentos à noite pode ajudar a aumentar o gasto energético em 5% a 10%, preservar músculos e melhorar o sono — efeitos modestos, porém relevantes após os 50 anos.

    “Não é sobre milagre. É sobre constância, sono de qualidade, alimentação adequada e atividade física. Vamos viver mais. Se vamos viver melhor, isso depende das escolhas diárias”, conclui o especialista Jô Furlan.

    Longevidade pode ser aumentada com a adesão a hábitos saudáveis 

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