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“Alma rasgada”, desabafa mãe de bebê que morreu enforcada em creche

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“Alma rasgada”, desabafa mãe de bebê que morreu enforcada em creche

Mãe da pequena Laura Rebeca Ribeiro dos Santos, de 1 ano e 4 meses, que morreu enforcada por um cinto do bebê-conforto, a cabeleireira Lorrany Stephane usou as redes sociais para publicar um relato emocionante sobre a perda da filha caçula. A menina faleceu nessa quinta-feira (11/12), enquanto estava sob cuidados de uma babá, que tinha uma creche em casa em Ceilândia.

“Hoje eu escrevo com a alma rasgada, com um vazio que nenhuma palavra consegue preencher”, desabafou Lorrany.

A cabeleireira descreveu a filha como uma menina sorridente, alegre, cheia de vida e de riso fácil. “Eu jamais imaginei que sairia de casa e não voltaria com você nos braços. Jamais imaginei que um dia precisaria escrever algo assim”, lamentou.

Era a primeira vez que a mulher deixava a filha aos cuidados de uma pessoa desconhecida quando ocorreu o acidente. Mãe solteira de três crianças — dois meninos e a bebê —, ela precisava trabalhar no dia e decidiu deixar a menina em uma creche improvisada no Setor O. Horas depois, a pequena Laura morreu asfixiada.

“Confiei. Confiei porque toda mãe confia quando precisa trabalhar, quando acredita que sua filha estará segura. E essa confiança me custou tudo. Eu levei minha filha… mas não trouxe ela de volta”, escreveu.

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Lorrany Stephane desabafou após a morte da filha Laura, de 1 ano e 8 meses, em creche improvisada no Setor O

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Bebê morreu asfixiada em bebê-conforto dentro de uma casa que funcionava como creche irregular, em Ceilândia

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Creche improvisada onde Laura foi deixada não tinha autorização para funcionar e atendia várias crianças ao mesmo tempo

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Mãe disse ter confiado na indicação da cuidadora, que prometeu câmeras, envio de fotos e experiência com crianças.

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Na publicação, Lorrany menciona que a família aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para entender a dinâmica do acidente que vitimou a pequena Laura Rebeca. O resultado deve sair dentro de 30 dias.

“Minha filha partiu de uma forma que ainda está sendo esclarecida. Estamos aguardando a perícia, aguardando a verdade. O que eu sei, com toda certeza do mundo, é que nenhuma mãe deveria passar por isso. Nenhuma criança deveria partir assim”, afirmou. “Minha filha, minha Laura. Você viverá para sempre no meu coração”, finalizou Lorrany na homenagem.

Familiares e amigos prestaram uma última homenagem à pequena Laura na manhã deste sábado (13/12). O velório da bebê ocorreu no Cemitério de Taguatinga. No local, familiares se despediram da bebê sob forte emoção e lágrimas.

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Relembre o caso

A visão da mãe sobre o ocorrido

Lorrany disse que Laura estava saudável e tranquila no momento em que foi deixada no local. O bebê-conforto onde a criança morreu asfixiada não pertencia à família.

A mãe contou que recebeu um aviso no salão onde trabalha dizendo que a menina teria se machucado. Ela acreditou que fosse algo simples.

Segundo Lorrany, a cuidadora apresentou versões diferentes sobre o que aconteceu. “Ela falou que não sabia a rotina da Laura e achou que ela estava dormindo. Quando pegou, ela estava desacordada. Depois contou outra versão, dizendo que ela estava virada. E outra ainda dizendo que precisou sair e deixar ela com o marido.”

Em luto, Lorrany disse confiar nas investigações. “A perícia vai dizer tudo, e tudo que eu quero é justiça. A gente confia em deixar os nossos filhos lá, porque precisa trabalhar, e agora estou sem minha filha.”

O caso é investigado pela 24ª Delegacia de Polícia (Setor O).

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