A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) encaminhou um ofício à Enel solicitando esclarecimentos sobre o apagão que atingiu mais de 2 milhões de casas em São Paulo na manhã desta quarta-feira (10/12).
No mesmo período, um ciclone extratropical atingiu a capital paulista e a região metropolitana, com rajadas de vento de mais de 94km/h. Segundo a Defesa Civil, até às 14h desta quarta, havia mais de 514 chamados para queda de árvores no estado.
No ofício, a Aneel relata que a Defesa Civil já havia previsto a ocorrência do ciclone extratropical para esta data para o dia anterior (9/12), com potencial registro de rajadas de ventos e possibilidade de quedas de árvores em diversos pontos, “o que resultaria na interrupção do fornecimento de energia elétrica de unidades consumidoras”.



Avenida Brasil, sentido Parque do Ibirapuera
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Zona sul de SP
Jéssica Bernardo/Metrópoles
Avenida Brasil, zona oeste de SP
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Avenida Doutor Arnaldo, zona oeste
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Corpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventania
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Rua Hélade, Vila Alexandria, zona sul
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Avenida Brasil, zona oeste de SP
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Rua Veneza – Jardim Paulista
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A agência nacional apontou ainda que, conforme previsto, a área de concessão da Enel foi atingida pelo ciclone. Às 15h, mais de 2 milhões de unidades consumidoras estavam sem energia elétrica, o que representa quase 32% da área de concessão.
A Aneel lembrou que esta não é a primeira vez que mais de 2 milhões de clientes da Enel ficam sem luz durante um evento climático. O ofício cita novembro de 2023, com 2,1 milhões de unidades sem energia, e outubro de 2024, com 2,4 milhões de pontos com fornecimento interrompido.
Solicitações à Enel
À Enel, a Aneel solicitou uma descrição do evento climático ocorrido nesta quarta, com aspectos técnicos gerais e fotos ilustrativas.
A agência pede, especificamente, a descrição da evolução da aplicação do plano de contingência adotado pela concessionária, a data e o horário em que a distribuidora tomou conhecimento da magnitude do ciclone e a mobilização do atendimento ao público para atender o volume de chamadas, dentre outros pedidos.
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Por fim, a Aneel exige a “comprovação de que a Enel SP possui uma estrutura compatível com a dimensão e complexidade da área sob concessão, capaz de responder de forma ágil e eficaz a eventos climáticos”. A agência reforça que esta é ao menos a terceira vez que a concessionária enfrenta problemas no fornecimento de energia durante um evento climático.
O prazo para fornecimento de informações é de cinco dias. “Ressalta-se que a reincidência de falhas graves na prestação do serviço público concedido resultará na adoção de medidas regulatórias e punitivas em estrita conformidade com o arcabouço regulatório e com o contrato de concessão”, finaliza o ofício.
O que diz a Enel
A Enel informou, em nota, que 1.300 equipes estão mobilizadas em campo e atuam para restabelecer o fornecimento de energia. Questionada, a distribuidora disse que ainda não há previsão concreta para a situação ser normalizada.
No site, a concessionária informa que a área de concessão em São Paulo ”segue sendo afetada por fortes rajadas de vento desde a madrugada, com a entrada de um ciclone extratropical pelo sul do país”.
“Por causa dos ventos, em alguns pontos a nossa rede elétrica é atingida por objetos e galhos, o que prejudica o fornecimento, além da queda de árvores. Nesta quarta-feira (10/12), em São Paulo, a velocidade dos ventos chegou a 98 km/h, segundo a Defesa Civil. O Corpo de Bombeiros informou ter recebido 514 chamados para queda de árvores na manhã de hoje”, diz o comunicado da Enel.
Às 18h desta quarta-feira, 2.210.969 de clientes estavam com o fornecimento de energia elétrica interrompido, indica o site da empresa.




