A deputada federal Erika Hilton (PSol) afirmou que a também deputada Carla Zambelli (PL), condenada por invasão a sistemas públicos, foi mais digna que o presidente da casa, Hugo Motta (Republicanos), ao renunciar ao cargo neste domingo (14/12). Hilton participou da manifestação em São Paulo contra a atuação do Congresso Nacional.
“A Carla Zambelli teve a condição de ser mais digna que o presidente da Câmara. Entendeu a sua condição de condenada, e um processo com trânsito em julgado”, disse.
O ato na Avenida Paulista foi convocado por movimentos de esquerda após a aprovação, na Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei da Dosimetria — que reduz as penas dos condenados por tentativa de golpe de Estado.
No discurso, ela chamou o Congresso de “sem vergonha”, “inimigo do povo” e “covarde”. Ela afirmou que o parlamento vira as costas para os verdadeiros interesses da população e que o ato é um recado das ruas para os políticos.
“O Brasil precisa de pautas do povo brasileiro. O povo brasileiro não quer desculpar golpistas, generais que se envolveram na tentativa de execução de um presidente, de um ministro, de um vice-presidente. A voz das ruas precisa valer mais que a voz das cadeiras do Congresso”, afirmou.
Erika disse também que deputados e senadores não são donos da política e que foram eleitos por voto popular. “A rua tem mandado o recado de que não é possível seguir com essa agenda”, completou.
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Carla Zambelli renuncia ao mandato, e suplente é convocado na Câmara
A deputada defendeu, ainda, que o Congresso discuta pautas que tenham relação com as demandas reais do povo brasileiro. Ela questionou o fato de a votação do PL da Dosimetria ter avançado na madrugada e afirmou que os parlamentares não viram a noite votando o fim da escala 6×1, a proteção das mulheres e políticas para a comunidade LGBTQ+.
Renúncia de Carla Zambelli
A deputada federal Carla Zambelli comunicou oficialmente, sua renúncia ao mandato de parlamentar à neste domingo. Ela foi condenada por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), fugiu do Brasil e está presa na Itália.
A renúncia foi a forma que a parlamentar encontrou para evitar ser cassada. A Câmara arquivou, na madrugada da última quinta-feira (11/12), o processo de cassação de Zambelli. Na votação em plenário, 227 parlamentares se posicionaram a favor da cassação, 110 foram contrários e 10 se abstiveram.
No entanto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, anulou a decisão e determinou a perda imediata do mandato da deputada. A decisão foi referendada de forma unânime pela Primeira Turma da Corte.
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A deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF
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Com a formalização da renúncia, o presidente da Câmara, Hugo Motta, determinou a convocação do suplente Adilson Barroso (PL), que deverá tomar posse e ocupar a vaga deixada por Zambelli, conforme prevê o regimento interno e a legislação eleitoral.
“Congresso inimigo do povo”
Manifestantes de esquerda ocuparam a Avenida Paulista, na região central de São Paulo, na tarde deste domingo (14/12), em protesto contra a aprovação, na Câmara dos Deputados, do PL da Dosimetria — projeto que reduz as penas dos condenados por tentativa de golpe de Estado. Os atos aconteceram, ao longo do dia, em outras capitais.
A organização dos protestos foi feita pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que têm a participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
Veja imagens da manifestação na Paulista:
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Com o lema “Congresso Inimigo do Povo”, a manifestação é uma reação ao avanço do projeto que reduz as penas para os presos pelos atos do 8 de Janeiro. Entre os beneficiados pelo texto está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
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Manifestantes de esquerda chegam à Avenida Paulista para protesto contra aprovação do PL da Dosimetria e outras pautas
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O principal alvo da manifestação foi o presidente da Câmara, Hugo Motta, que decidiu pautar o PL da Dosimetria nessa semana. Além da crítica ao Congresso, os protestos também incluem outras pautas, como o fim da escala de trabalho 6×1 e o combate ao feminicídio.
