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Apagão em SP: restaurantes devem perder R$ 100 milhões, diz entidade

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Apagão em SP: restaurantes devem perder R$ 100 milhões, diz entidade

A falta de energia elétrica após tempestades e a passagem de um ciclone extratropical em São Paulo pode causar um prejuízo de até R$ 100 milhões aos setores de alimentação e hospedagem. A estimativa foi publicada pela Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) nesta sexta-feira (12/12).

Segundo a entidade, 5 mil estabelecimentos foram atingidos na capital paulista, em municípios da região metropolitana e parte do interior. Muitos continuavam no escuro nesta sexta, dois dias após o ciclone. A Fhoresp ressalta que a economia costuma aquecer neste período do ano, com férias escolares e compras de Natal, mas estabelecimentos perderam produtos e clientes, o que coloca os empregos do setor em risco.

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Árvores caem sobre carros no Ibirapuera

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Árvores caem sobre carros no Ibirapuera

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Avenida Brasil, sentido Parque do Ibirapuera

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Árvores caem sobre carros na zona sul de SP

Jéssica Bernardo/Metrópoles5 de 12

Ventania derrubou árvores em São Paulo

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Ventania derrubou árvores em São Paulo

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Ventania derrubou árvores em São Paulo

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Estragos da ventania atingiram São Bernardo

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Corpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventania

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Ventania derrubou árvores na zona sul de São Paulo

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Ventania derrubou árvores em São Paulo

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Ventania derrubou árvores em São Paulo

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“Estamos próximos de um fim de semana que deveria ser de alta lucratividade para muitos estabelecimentos. Mas, para milhares deles, serão dias de portas fechadas, de tristeza. É quase um luto. E quem é que arca com esse prejuízo todo? O empresário vai, mais uma vez, pagar a conta de uma falta de responsabilidade e de respeito por parte da concessionária de energia, que continua fazendo o que bem entende, sem sanção alguma?”, questiona o diretor executivo da federação, Edson Pinto, em crítica à concessionária Enel.

A Fhoresp orienta que as empresas afetadas pelo apagão recorram à Justiça. A indicação é reunir provas dos prejuízos para abrir ações de ressarcimento pelos dias com portas fechadas e perda de mercadorias ou equipamentos.

Até o final da tarde desta sexta-feira, cerca de 730 mil imóveis continuavam sem energia na capital paulista e região metropolitana.

Prejuízo no setor comercial

Na quinta-feira (11/12), o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) estimou que o comércio da Grande São Paulo pode ter deixado de faturar até R$ 51,7 milhões devido à falta de energia. A estimativa, baseada no volume movimentado diariamente na cidade e no entorno.

Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, os prejuízos são difíceis de mensurar porque os efeitos do ciclone não foram homogêneos na capital, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento completo da energia.

“O impacto se dá, principalmente, pela redução das compras imediatas e das aquisições por impulso dos consumidores”, afirma.

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Ruiz de Gamboa destaca que situações como essa afetam especialmente o consumo momentâneo, já que a limitação no fluxo de clientes reduz as vendas de giro rápido. Estabelecimentos de alimentação podem ser os mais afetados pela possibilidade da perda dos produtos.

Ressarcimento

O Procon-SP alerta para eletrodomésticos queimados, alimentos estragados e recomenda o pedido de ressarcimento por parte dos clientes da Enel.

De acordo com o órgão fiscalizador, a reclamação de falta de energia deve ser enviada diretamente para a concessionária elétrica. O consumidor deve registrar a ocorrência e, se aplicável, o pedido de ressarcimento por danos.

A solicitação pode garantir desconto automático na conta do período em que o cliente ficou sem energia e ressarcimento pela perda de alimentos e remédios que estragaram por falta de refrigeração. Danos em equipamentos causados por descarga elétrica também devem ser reparados.

O Procon-SP esclarece que fotos e gravações auxiliam na documentação da situação. Se mesmo assim a concessionária falhar em responder ou oferecer uma solução insatisfatória dentro do prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o cliente deve recorrer ao órgão fiscalizador.

Ao receber a reclamação, o Procon-SP pode notificar a Enel exigindo uma solução imediata e a reparação dos danos. Essa intervenção do órgão de defesa ainda poderá gerar multas à empresa por descumprimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

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