Continua em fuga o autor de um ataque à Universidade Brown nesse sábado (13/12), que matou duas pessoas e deixou nove feridas, quase todas em estado grave. As autoridades policiais de Providence, estado americano de Rhode Island, pediram que as pessoas evitem sair às ruas enquanto o homem não for detido e, principalmente, não se dirijam à área da instituição.
Mais de 400 agentes de polícia municipal, estadual e federal estão em busca do suspeito. O ataque ocorreu nos departamentos de engenharia e física da universidade, no momento em que os alunos realizavam diversas provas.
Todas as vítimas eram estudantes, informou a instituição de ensino superior, uma das mais prestigiadas dos Estados Unidos. Dos nove feridos, oito estão internados na UTI, mas em condição estável, disse Brett Smiley, prefeito de Providence, no nordeste do país, em uma coletiva de imprensa.
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A aluna Katie Sun contou ao Brown Daily Herald, um jornal universitário, que estava estudando em um prédio próximo quando ouviu os tiros. Ela correu para o seu dormitório, deixando todos os seus pertences para trás. “Foi muito assustador. Os tiros pareciam vir de onde ficam as salas de aula”, relatou ela.
Trump “reza pelas vítimas”
A polícia divulgou um vídeo mostrando o suspeito saindo do prédio, vestido com roupas pretas. Testemunhas relataram que ele também usava “uma máscara de camuflagem cinza”, disse o vice-chefe de polícia de Providence, Tim O’Hara, que pediu para testemunhas se apresentarem com qualquer informação que pudesse ajudar na investigação. Nenhuma arma foi recuperada pelas autoridades até o momento.
“Meu coração está partido pelos alunos que estavam ansiosos pelas férias e que, em vez disso, têm que lidar com mais um tiroteio em massa assustador”, disse o senador de Rhode Island, Sheldon Whitehouse, na rede social X.
Donald Trump indicou em sua plataforma Truth Social que havia sido informado da situação e que o FBI estava no local. Ao retornar à Casa Branca após assistir a um jogo de futebol americano universitário, ele disse: “Que coisa terrível. Tudo o que podemos fazer agora é orar pelas vítimas”, acrescentou.
Mais armas do que habitantes
De acordo com o Gun Violence Archive, que define um tiroteio em massa como um evento em que quatro ou mais pessoas são feridas por disparos de arma de fogo, mais de 300 ocorrências já foram registradas nos Estados Unidos desde o início do ano.
Com mais armas de fogo em circulação do que pessoas, os Estados Unidos têm a maior taxa de mortes por armas entre os países desenvolvidos. Sucessivos governos não conseguiram conter o problema: a maioria dos americanos permanece a favor do direito dos civis de portar revólveres, pistolas ou fuzis, garantido pela Constituição.
Em 2024, mais de 16 mil pessoas foram mortas por armas de fogo, sem contar os suicídios, conforme o Gun Violence Archive.
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