Congressistas do Partido Novo que integram a CPMI do INSS no Congresso Nacional apresentaram requerimento pedindo a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula (PT), ao colegiado.
O pedido é assinado pelos deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), Adriana Ventura (Novo-SP) e Luiz Lima (Novo-RJ), e pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE).
O requerimento se baseia em uma reportagem da coluna. A apuração mostrou que um dirigente do PT, Ricardo Bimbo, recebeu R$ 2,6 milhões de uma empresa apontada como intermediária de pagamentos das entidades de fachada da Farra do INSS.
Ao mesmo tempo em que recebia os pagamentos, Bimbo pagou um boleto de R$ 10,3 mil para o contador João Muniz Leite, então responsável pelas contas de Fábio Luís Lula da Silva.
Muniz Leite foi alvo da Operação Fim da Linha, do Ministério Público de São Paulo, sob suspeita de lavar dinheiro para o PCC. Após o episódio, deixou de atender o filho do presidente.
“É nesse ponto que se inserem os fatos revelados pelo portal Metrópoles em 12 de novembro de 2025, indicando possíveis vínculos entre operadores do esquema e figuras próximas ao Presidente da República”, diz um trecho.
“A reportagem mostra que Ricardo Bimbo, dirigente nacional do PT e coordenador do setor de Tecnologia da Informação do partido, recebeu R$ 120 mil em sua conta pessoal e outros R$ 8,29 milhões em sua empresa Datacore, provenientes da ADS Soluções e Marketing, empresa que, segundo inteligência financeira enviada a esta CPMI, movimentou dezenas de milhões de reais oriundos de entidades envolvidas na chamada ‘Farra do INSS’”, diz o requerimento.
“No mesmo período dessas operações milionárias, Bimbo efetuou pagamento de boleto no valor de R$ 10.354,60 ao contador João Muniz Leite, profissional que, até então, era responsável pelas contas de Fábio Luís Lula da Silva. Muniz Leite é investigado pela Operação Fim da Linha, do Ministério Público de São Paulo, sob suspeita de lavar dinheiro para o PCC”, escreveram os parlamentares do Novo.