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    Bandidos do PCC são presos com arsenal de armas de guerra na Bolívia

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    Dois brasileiros ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) foram capturados pela polícia boliviana em Santa Cruz de la Sierra e entregues às autoridades do Brasil após serem flagrados com armamento de guerra.

    A prisão ocorreu durante patrulhamento de rotina da Dirección de Prevención de Robo de Vehículos (Diprove), na região do Urubó, no dia 24, véspera do Natal.

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    Segundo a polícia, os homens circulavam em uma caminhonete quando foram abordados. Durante a revista, os agentes encontraram quatro fuzis AK-47, revólveres, grande quantidade de munição calibre 7,62, equipamentos de comunicação e dinheiro. As armas estavam carregadas com munição.

    A coluna apurou que os presos foram identificados como Clever Suárez Aulis, de 39 anos, e Luis Gustavo Sippes de Oliveira, também de 39.

    De acordo com informações repassadas pelas autoridades bolivianas, ambos viviam no país de forma irregular e utilizavam dupla identidade para despistar fiscalizações.

    Foragidos

    Documentos enviados pelo Brasil confirmaram que os dois eram foragidos da Justiça paulista, com mandados de prisão em aberto expedidos pelo Tribunal de Justiça e pelo Departamento de Execuções Criminais de São Paulo.

    Clever Suárez responde por financiar e integrar organização criminosa, enquanto Luis Gustavo tem antecedentes por tráfico de drogas.

    Diante da gravidade do caso e da periculosidade dos suspeitos, a polícia boliviana optou por não instaurar processo criminal local e executou a expulsão imediata dos brasileiros.

    No dia 25 de dezembro, eles foram levados até a região de fronteira e formalmente entregues à Polícia Federal do Brasil, no município de Puerto Quijarro, em operação coordenada entre os dois países.

    O comandante da polícia de Santa Cruz, coronel Jhenky David Gómez Córdova, afirmou que a medida seguiu protocolos de cooperação internacional e teve como objetivo garantir que os suspeitos respondessem pelos crimes em seu país de origem.

    Segundo ele, a rápida intervenção evitou um possível confronto armado, já que as armas apreendidas têm poder de fogo suficiente para perfurar coletes balísticos dos policiais.

    Durante a abordagem, os policiais também identificaram a presença de outros veículos nas proximidades, o que levantou a suspeita de tentativa de resgate por parte da facção criminosa. Os carros, no entanto, conseguiram fugir antes de serem interceptados.