O apagão de energia elétrica em São Paulo virou tema da manifestação na Avenida Paulista neste domingo (14/12). O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos (PSol) aproveitou o ato contra o Congresso Nacional para criticar a atuação da Enel e questionar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
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Guilherme Boulos aproveitou manifestação contra o congresso para criticar a Enel
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Apagão em SP virou pauta no protesto na Avenida Paulista
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Até a manhã deste domingo (14/12), 160 mil imóveis continuavam sem energia
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“A gente estando em São Paulo neste ato de hoje, eu não posso deixar de falar sobre a hipocrisia de um governador e de um prefeito. Tem gente que está sem luz há cinco dias. Aí vem o Ricardo Nunes e o seu Tarcísio querer botar no colo do Lula porque uma empresa privatizada faz um serviço porco em São Paulo como a Enel? Eles que são os maiores defensores da privatização, que querem destruir o serviço público, que privatizaram a Sabesp. Qual é a moral que eles têm para isso?”, questionou.
Boulos ainda fez um desafio aos mandatários paulistas e sugeriu que eles ajudem a mobilizar a bancada de direita no Congresso para votar a reestatização da Eletrobras. Os manifestantes reagiram com gritos de “Ei, Tarcísio, vai tomar no c*”.
Na manhã deste domingo, a Grande São Paulo continuava com quase 160 mil imóveis sem energia elétrica, cinco dias após o vendaval que provocou um apagão iniciado na última quarta-feira (10/12). A área de concessão da Enel chegou a ter mais de 2,2 milhões de domicílios sem luz.
“Anistia envergonhada”
No palanque, o ministro do governo Lula também criticou aprovação, na Câmara dos Deputados, do PL da Dosimetria — projeto que reduz as penas dos condenados por tentativa de golpe de Estado.
“A gente não quer saber de anistia sem vergonha e nem de anistia envergonhada. Nós queremos que ela seja barrada porque golpista bom é golpista preso”, afirmou.
Boulos acrescentou: “Esse é um ato contra a anistia, seja ela aberta, que eles não têm mais força para aprovar, seja a anistia envergonhada que lamentavelmente eles aprovaram na câmara essa semana. Acho que é um recado da sociedade, até para que o Senado Federal não cometa o mesmo erro que a Câmara cometeu.”
Mais cedo, em conversa com jornalistas antes de discursar, o ministro ressaltou as “medidas muito ruins” aprovadas no Congresso recentemente — além do PL da Dosimetria, ele citou a PEC do Marco Temporal de Terras Indígenas aprovada no Senado. Segundo Boulos, as manifestações ao redor do Brasil servem para dar um recado aos parlamentares.
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Questionado sobre um possível veto de Lula ao projeto da dosimetria, ele afirmou que a decisão é do presidente, mas que o petista é contrário à anistia.
O ministro também aproveitou a manifestação para destacar o que, na avaliação dele, serão as principais batalhas em 2026: a reeleição do presidente Lula e a manutenção de Bolsonaro na prisão; a aprovação do fim da escala 6×1, taxação dos bilionários e outras pautas de direitos dos trabalhadores; e eleger a maior bancada de esquerda do Congresso Nacional.
“Congresso inimigo do povo”
Manifestantes de esquerda ocupam a Avenida Paulista, na região central de São Paulo, na tarde deste domingo (14/12), em protesto contra a aprovação, na Câmara dos Deputados, do PL da Dosimetria — projeto que reduz as penas dos condenados por tentativa de golpe de Estado. Os atos acontecem, ao longo do dia, em outras capitais.
A organização dos protestos foi feita pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que tem a participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
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Com o lema “Congresso Inimigo do Povo”, a manifestação é uma reação ao avanço do projeto que reduz as penas para os presos pelos atos do 8 de Janeiro. Entre os beneficiados pelo texto está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
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Manifestantes de esquerda chegam à Avenida Paulista para protesto contra aprovação do PL da Dosimetria e outras pautas
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O principal alvo da manifestação é o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que decidiu pautar o PL da Dosimetria nessa semana. Além da crítica ao Congresso, os protestos também incluem outras pautas, como o fim da escala de trabalho 6×1 e o combate ao feminicídio.
