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Brasil não vai pressionar Maduro por renúncia, diz Celso Amorim

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Brasil não vai pressionar Maduro por renúncia, diz Celso Amorim

Principal assessor para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-chanceler Celso Amorim afirmou que o Brasil não irá pressionar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para uma possível renúncia do cargo por pressão dos Estados Unidos (EUA). Ele disse também que não quer incentivar a ideia de que o Brasil poderia oferecer asilo a Maduro, apesar de não descartar a possibilidade do venezuelano tentar vir para cá.

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O ex-chanceler concedeu uma entrevista ao jornal The Guardian, onde comentou sobre o conflito envolvendo Estados Unidos e Venezuela. Na avaliação de Amorim, se cada eleição questionável desencadeasse uma invasão, “o mundo estaria em chamas”. A resposta se deu a um questionamento sobre uma possível invasão norte-americana em território venezuelano.

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Celso Amorim

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Celso Amorim

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Lula e Celso Amorim

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Lula e Celso Amorim

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“A última coisa que queremos é que a América do Sul se torne uma zona de guerra – e uma zona de guerra que inevitavelmente não seria apenas uma guerra entre os EUA e a Venezuela. Acabaria por ter envolvimento global e isso seria realmente lamentável”, disse Amorim.

O assessor de Lula destacou que uma possível invasão dos EUA na Venezuela seria um cenário parecido com o conflito no Vietnã. “Eu conheço a América do Sul… todo o nosso continente existe graças à resistência contra invasores estrangeiros”, frisou Amorim.

Na leitura do ex-chanceler, uma imposição norte-americana na Venezuela acenderia na América Latina um sentimento anti-EUA.

Crise na América Latina

Questionado sobre um eventual asilo político de Maduro no Brasil, Amorim não descartou a ideia da tentativa do venezuelano de vir para terras brasileiras, apesar de reforçar que não queria especular sobre o assunto para não sinalizar que estava incentivando a ideia. “No entanto, o asilo é uma instituição latino-americana [para] pessoas tanto de direita quanto de esquerda”, acrescentou.

Amorim lembrou que em 2005 o Brasil deu refúgio para o equatoriano Lucio Gutiérrez. “Chegamos a enviar um avião para buscá-lo”, disse Amorim, que era ministro das Relações Exteriores na época.

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