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    Calorão em SP eleva alerta contra o câncer de pele. Veja como prevenir

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    As altas temperaturas registradas em São Paulos nos últimos dias são mais um indicativo de que a proteção solar deve ser redobrada para a prevenção ao câncer de pele.

    No dia de Natal, a temperatura na capital chegou aos 35,9ºC às 16h no Mirante de Santana, mantido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Foi um recorde para o mês de dezembro desde 1988, quando o registro foi de 35,6 ºC no mês.

    O verão começou no dia 21 de dezembro e vai até 20 de março de 2026. Durante a estação, são esperadas elevadas temperaturas e maior potencial para desidratação, condições que influenciam no desenvolvimento do câncer de pele.

    A doença corresponde a 30% dos tumores malignos registrados no Brasil.

    Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil registra mais de 185 mil novos casos por ano. Apesar de o sol ser importante para a saúde, os raios ultravioletas (UV) sem controle são nocivos à pele humana e contribuem para o desenvolvimento da doença.

    O dermatologista Sigefredo Griso, do Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP), explica que a radiação solar tem efeito cumulativo, resultando em envelhecimento precoce, manchas e aumentando o risco de câncer de pele. Por isso, mesmo em dias nublados ou em horários alternativos, é orientada a proteção.

    Para Griso, o cuidado vai além do filtro solar e envolve uma combinação de medidas preventivas, como evitar a exposição solar direta entre 10h da manhã e 16h da tarde, usar roupas leves e de cores claras, além de chapéus, bonés e óculos de sol.

    “Mesmo em ambientes fechados, é importante usar o protetor solar, principalmente, se você estiver perto de janelas. A luz emitida por telas de computadores e lâmpadas também podem causar danos na pele”, acrescentou o dermatologista.

    Tipos de câncer de pele

    Ao mesmo tempo em que o tumor é o mais comum no Brasil, também tem um dos maiores índices de cura. Se identificado precocemente, a taxa de recuperação é superior a 90%, de acordo com o Ministério da Saúde (MS).

    O câncer de pele é dividido em duas categorias: melanoma, mais agressivo e raro, e não melanoma, o mais comum.

    O não melanoma pode ser dos tipos carcinoma basocelular (comum em idosos e pessoas de pele e olhos claros que se expuseram ao sol ao longo da vida) e espinocelular, que tem mais chance de ser invasivo internamente e até levar o paciente a óbito.

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    A principal característica desse câncer de pele é a aparição de machucados ou feridas que sangram e não cicatrizam. Já os melanomas aparecem como se fossem pintas, que crescem mais do que deveriam, principalmente na fase adulta.

    Apesar da apresentação clínica diferenciada, o tratamento do câncer de pele consiste na retirada da lesão inteira, que é encaminhada para biópsia. Dependendo do parecer médico, o dermatologista vai determinar se já houve a cura ou se é preciso dar continuidade ao processo.

    Hábitos arriscados

    Abaixo alguns atos e hábitos que elevam o risco da doença. Veja alguns:

    • Aplicar menos protetor solar do que o necessário
    • Não reaplicar o filtro no intervalo ideal
    • Ignorar áreas sensíveis (regiões como orelhas, nuca, lábios)
    • Aplicar o protetor solar em cima da hora
    • Acreditar que ambientes internos dispensam proteção
    • Usar produtos vencidos ou armazenados incorretamente

    Especialistas recomendam que pessoas com histórico de câncer de pele na família devem frequentar o dermatologista algumas vezes ao ano. Para aqueles que não possuem histórico familiar, o recomendado é ir pelo uma vez ao ano para avaliação médica.