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    Candidatos pedem anulação de residência médica da Unifesp após falhas

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    Candidatos que fizeram o exame teórico da residência médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no último domingo (30/12), apontam irregularidades na realização do certame. Relatos que circulam nas redes sociais mencionam envelopes de provas sem lacre.

    Entre as supostas falhas, estão ainda falta de organização dos fiscais e de locomoção no local, ausência de sacos plásticos para lacrar celulares, tempo desigual de provas e queda de energia elétrica no prédio. O processo seletivo foi realizado no prédio da Universidade São Judas, no bairro da Mooca, na zona leste da capital paulista.

    Com taxa de inscrição de R$ 660, o edital da Unifesp oferece mais de 600 vagas. O cronograma estabelece divulgação de resultados da primeira fase a partir de 12 de dezembro. Em seguida, a prova prática, agendada para janeiro de 2026. O resultado final está previsto para fevereiro.

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    “A gente se prepara para a prova de residência o ano todo, pagamos super caro na inscrição e temos que nos deparar com um verdadeiro descaso”, lamentou uma das participantes.

    Mais de 200 concorrentes da residência médica da Unifesp se reuniram em um grupo e pretendem ajuizar uma ação judicial coletiva.

    Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Polícia Civil já foi procurada por candidatos. Os casos são investigados pelo 8º Distrito Policial (Brás).

    “Os noticiantes e demais envolvidos estão sendo notificados a comparecer à unidade para prestar depoimento. Demais diligências seguem em andamento para esclarecer os fatos”, informou a pasta.

    O que diz a Unifesp

    Em comunicado, a Unifesp disse que foi notificada de que dois envelopes com provas realizadas no dia 31 de novembro não estavam lacrados. No entanto, a instituição detectou que “não apresentavam quaisquer sinais de violação ou falta de cadernos de provas ou respostas”.

    “Importante frisar que o lacre é apenas um dos diversos mecanismos de segurança e a custódia da prova foi garantida pelo transporte, verificação e certificação da inviolabilidade do lacre das caixas, além da ausência de provas faltantes nos envelopes”, alegou a universidade.