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    Cantinho do terror: diretora de creche usava sala escura para punir crianças no Rio

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    Presa nessa quinta-feira (4/12) acusada de torturar crianças entre 4 e 6 anos em uma creche particular de Copacabana, Daniele de Oliveira Bispo (foto em destaque), 35 anos, submetia os alunos a uma rotina de agressões que incluíam puxões de cabelo, sufocamento com comida e isolamento em um cômodo escuro usado como forma de castigo.

    

    Ela foi detida por policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), com apoio da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (DEAPTI), enquanto trabalhava em outra creche, no Méier, Zona Norte do Rio.

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    O caso só veio à tona em maio deste ano, quando a mãe de um menino de 4 anos pediu acesso às imagens da creche após notar mudanças abruptas no comportamento do filho. A criança passou a rejeitar alimentação, perdeu peso e demonstrava medo ao falar da coordenadora.

    As gravações revelaram cenas de extremo abuso. Daniele forçava comida na boca da criança, que regurgitava, e colocava novamente o alimento, causando risco de engasgo. A blusa suja de vômito também era esfregada no rosto da vítima.

    Conforme avançaram as investigações, outras responsáveis procuraram a polícia relatando agressões semelhantes. Até o momento, quatro crianças foram identificadas como vítimas diretas, mas a delegacia recebeu relatos que podem ampliar o número.

    De acordo com a polícia, além de Daniele, outras cinco funcionárias da creche foram indiciadas por tortura na modalidade omissiva, incluindo a diretora da unidade, por terem conhecimento das agressões e não terem denunciado.