O processo de cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) deve colocar uma pá de cal nas chances de paz entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ).
Na terça-feira (2/12), Lindbergh anunciou que acionará o STF para obrigar Motta a cumprir as ordens da Corte e cassar, de ofício, tanto o mandato de Zambelli quanto o do deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ).
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo
Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann
Reprodução
O presidente da Câmara, Hugo Motta
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo
A insistência do líder petista em recorrer ao STF contra decisões tomadas pela Câmara já tinha sido justamente um dos motivos que levaram o presidente da Câmara a romper relações com Lindbergh semanas atrás.
Dessa forma, aliados de Motta avaliam que uma nova ação mirando diretamente o presidente da Câmara deve piorar a já conturbada relação entre ele e o líder do PT na Casa, enterrando as chances de paz entre os dois.
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O próprio Lindbergh admitiu a aliados que sabe não haver chance de paz no momento, após sua decisão de acionar o STF. O petista ponderou, contudo, que não haveria como não reagir diante no caso de Zambelli.
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Na terça-feira, o relator do caso Zambelli na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Diego Garcia (Republicanos-PB), avisou que irá pedir a absolvição da deputada em seu parecer.
Segundo o relator, não é possível “ter certeza” de que a parlamentar ordenou o ataque ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), crime pelo qual foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à perda do mandato.
