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“CEO do Jeep”: pai de suposto contador do PCC é morto a tiros em SP

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“CEO do Jeep”: pai de suposto contador do PCC é morto a tiros em SP

Pai de um homem apontado como contador do Primeiro Comando da Capital (PCC), Wagner Morgado foi assassinado a tiros em Cubatão, no litoral de São Paulo, nesta quinta-feira (18/12). O filho dele, Rodrigo Morgado, foi preso durante a Operação Narco Bet, que também deteve o influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, o Buzeira.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo na Rua das Primaveras. No local, as autoridades constataram que o homem, de 51 anos, havia sido socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou o óbito ainda no endereço.

A área foi isolada para perícia e o celular da vítima foi apreendido para análise. O genro do homem compareceu à delegacia, mas informou não ter presenciado o crime.

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A ocorrência foi registrada como homicídio no 3º Distrito Policial de Cubatão e será investigada pela 3ª Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos.

Possível contador do PCC

Rodrigo de Paula Morgado, conhecido como “CEO do Jeep”, enriqueceu em mais de R$ 7,5 milhões entre 2022 e 2023.

De acordo com os autos, ele passou de um patrimônio de R$ 295.882,27 para R$ 7.965.157,94 durante o período. Além disso, entre os anos de 2019 e 2024, o empresário movimentou mais de R$ 300 milhões, incluindo transações financeiras com criptoativos que se aproximam da cifra de R$ 100 milhões. Em algumas ações financeiras, os valores movimentados foram muito superiores aos declarados.

“Chama atenção o fato de Rodrigo de Paula Morgado tenha sido o responsável pela transferência de tão expressivo valor à empresa Buzeira Digital, e não o contrário, visto Rodrigo ser prestador de serviços à referida empresa”, aponta a investigação.

Ele é apontado pela Polícia Federal (PF) como um “possível operador logístico-financeiro” do esquema e atuava como um “verdadeiro banco particular” de outros investigados, movimentando grandes valores em contas pessoais e de empresas sob seu controle, inclusive realizando conversões em criptomoedas e promovendo repasses a terceiros, tudo de maneira ilegal.

As autoridades também apontam uma relação direta entre Morgado e uma embarcação chamada Veleiro Lobo IV, apreendida pela Marinha dos Estados Unidos, entre o arquipélago de Cabo Verde e as Ilhas Canárias, por estar sendo usado para o transporte de mais de quatro toneladas de cocaína, fato que originou a Operação Narco Vela — que culminou na operação Narco Bet.

Em nota enviada ao Metrópoles, a defesa do empresário afirmou que Morgado é inocente e “sempre atuou exclusivamente como contador, prestando serviços de natureza técnica e regular a diferentes clientes, dentro dos limites legais da profissão”.

Preso pela PF

O “CEO do Jeep” foi preso pela Polícia Federal em uma ocasião anterior, durante uma operação contra o tráfico internacional de drogas, chamada Operação Narco Vela — que originou a Narco Bet, deflagrada nesta terça-feira (14/10).

Na época, Rodrigo era alvo de mandados de busca e apreensão em diversos endereços, em Santos, Bertioga e São Paulo. Morgado foi preso na capital paulista pelo porte ilegal de uma arma encontrada dentro do carro dele. Os policiais federais faziam as apreensões nos endereços, quando, dentro de um dos dois veículos de luxo apreendidos do investigado, encontraram o armamento.

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Foram apreendidos dois carros de luxo em nome do empresário

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Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em três endereços de Rodrigo Morgado

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Justiça determinou o bloqueio e apreensão de bens até o valor de R$ 1,32 bilhão

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Arma encontrada em casa de suspeito

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Operação Narco Vela cumpre mandados de busca e apreensão

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Dinheiro apreendido em operação da PF

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Polícia Federal cumpre mandados em SP, RJ, MA, PA e SC

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Embarcação apreendida em Belém (PA)

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Operação investiga envio de drogas para a Europa via marítima

Divulgação/ PF

Além da acusação de participação no tráfico internacional de drogas, Rodrigo Morgado é acusado de ameaça, calúnia, injúria e estelionato.

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