Clima quente no poder: A “Chantagem” de Flávio, o Jogo do Centrão e Novas Polêmicas de Moro
A Candidatura de Flávio Bolsonaro: Cai ou Não cai?
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) agitou o cenário político ao anunciar sua pré-candidatura à Presidência da República. Inicialmente vista como uma manobra para manter o espólio político do pai, a atitude ganhou contornos de pressão explícita apenas 48 horas depois. Em declarações, Flávio afirmou ter um “preço” para retirar sua candidatura: “justiça”.
Segundo o Ricardo e Guga Noblat, isso se traduz em um recado direto aos partidos de direita e do Centrão: ou se mobilizam pela anistia de Jair Bolsonaro, ou enfrentarão uma candidatura que divide os votos do espectro conservador. O objetivo seria forçar legendas como União Brasil, PP, Republicanos e PSD — que estariam relutantes em abraçar a pauta da anistia — a agirem no Congresso.
A Reação do Centrão e de Ciro Nogueira
A resposta dos líderes partidários tem sido cautelosa, mas pragmática. Ciro Nogueira (PP), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, declarou publicamente que seu coração é de Flávio, mas que a racionalidade aponta para Tarcísio de Freitas como o nome mais viável para vencer a eleição.
A avaliação é de que líderes como Valdemar Costa Neto (PL) e o próprio Ciro desejam os votos do bolsonarismo, mas sem o ônus de comprar brigas institucionais, como a anistia.
O Longo Silêncio de Tarcísio de Freitas
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manteve o silêncio sobre a movimentação de Flávio por um tempo considerado longo no timing político. Publicamente focado em sua reeleição estadual, Tarcísio é visto como o candidato natural da direita ao Planalto. A entrada de Flávio no jogo, contudo, coloca o governador em uma posição delicada: se a candidatura do senador não for apenas um “balão de ensaio”, Tarcísio pode ter seus planos presidenciais dificultados ou ser forçado a se posicionar antes da hora.
Sergio Moro: Isolamento e a “Festa da Cueca”
O senador Sergio Moro enfrenta um cenário de isolamento político e novas polêmicas. O PP, partido de Ciro Nogueira, já sinalizou que vetará qualquer apoio a uma candidatura de Moro ao governo do Paraná, preferindo manter a aliança com o grupo de Ratinho Júnior.
Além das dificuldades eleitorais, foi mencionado o surgimento de um vídeo referente à chamada “festa da cueca”. O material corroboraria antigas acusações do delator Tony Garcia, que alegava que Moro utilizava gravações de festas com desembargadores e garotas de programa para chantagear magistrados durante o período da Lava Jato. O episódio soma-se a outras controvérsias que pesam contra o ex-juiz, ampliando seu desgaste político.
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