Embora anunciado e contemplado em estudos preliminares do PAC, o sistema de BRT previsto para Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, não será mais implantado.
A substituição oficial pelo modelo ferroviário foi confirmada por André Oliveira, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Águas Lindas (Codeal). Segundo ele, a diretriz do governo municipal é migrar para um modal de maior capacidade e durabilidade até 2026.
A proposta em elaboração conta com o envolvimento de empresas chinesas, entre elas a PCI Technology Group, líder em inteligência artificial e soluções para cidades inteligentes, segurança e mobilidade urbana, conhecida por criar a primeira estação inteligente da China.
A expectativa é que a linha estabeleça integração direta com o metrô de Ceilândia e componha um corredor ferroviário entre Luziânia e Brasília, ampliando a conectividade do Entorno.
O trajeto entre Águas Lindas de Goiás e Ceilândia será feito por um sistema ferroviário com extensão de 22 km, seguindo diretamente até o terminal de integração em Goiás.
Trem em Luziânia: trecho inicial da linha que vai conectar a cidade ao Distrito Federal, ligando moradores e ampliando a mobilidade no Entorno
Arte/Metrópoles
Estação em Águas Lindas de Goiás: ponto de partida da futura ferrovia, com composições de 4 a 8 vagões integradas ao metrô de Ceilândia.
Arte/Metrópoles
Dentro do Distrito Federal, o trem fará duas paradas antes de chegar à extensão do metrô de Ceilândia, garantindo integração com a rede de transporte da capital.
Cada composição terá capacidade para 1.200 passageiros, sendo formada por 4 a 8 vagões, dependendo da configuração.
O projeto prevê atender até 150 mil passageiros por dia, número próximo à capacidade atual do metrô do DF, que transporta cerca de 180 mil pessoas diariamente.
Já o trajeto do trem que ligará Luziânia (GO) ao Distrito Federal tem uma extensão total de 62 km. A linha ferroviária atravessará quatro municípios ao longo do percurso: Luziânia, Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás e Brasília (DF).
Neste caso, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informa que os procedimentos desse trajeto são realizados pela empresa pública Infra S.A., vinculada ao Ministério dos Transportes.
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Para a presidente da PCI, Chen Jiao, o Brasil continua sendo um dos mercados mais estratégicos para a empresa. “O país tem projetos importantes em metrôs e ferrovias, e vemos muito potencial para colaborar com soluções que a China desenvolveu ao longo de décadas”, afirmou.
Chen Jiao, presidente da PCI, durante visita a órgãos de transporte no Brasil para discutir projetos de mobilidade
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Segundo a executiva, tecnologias chinesas aplicadas ao transporte já se mostraram capazes de transformar operações inteiras. “Podemos contribuir para reduzir congestionamentos, ampliar a eficiência do transporte público e acelerar a entrega de projetos complexos por meio de sistemas inteligentes e integrados de mobilidade”, disse.
O movimento faz parte da implantação do polo industrial chinês de Águas Lindas. O complexo deve ocupar 34 hectares, reunir 62 empresas e receber aproximadamente R$ 2 bilhões em investimentos, incluindo o Centro de Convenções Itec e estruturas industriais associadas.
