A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta crescimento de 1,8%, em 2026, segundo o relatório Economia Brasileira 2025-2026, divulgado nesta quarta-feira (10/12).
O documento aponta que o avanço deve ocorrer principalmente no setor de serviços, que deve ter alta de 1,9%.
Além disso, segundo a CNI, a alta dos juros e o enfraquecimento do mercado de trabalho serão os principais fatores de desaceleração da economia.
Juros
Para 2026, a CNI projeta que a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, deve finalizar o ano em 12%, e a inflação em 4,1%, dentro da meta.
A meta de inflação é de 3% com banda de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo.
Além dos juros elevados, a CNI projeta que a queda da demanda interna por bens industriais e o aumento das importações devem continuar a penalizar a indústria, em especial a de transformação, que deve ter alta de apenas 0,5% em 2026.
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Exportações
A CNI projeta que as exportações cresçam cerca de 1,6% no próximo ano, levando em consideração as tarifas norte americanas, uma safra de grãos mais modesta, as expectativas de menor demanda de petróleo e um possível desaquecimento da economia da Argentina.
PIB de 2025
Para o PIB de 2025, a projeção da CNI saiu de 2,4% para 2,5%, puxado principalmente pelo agro, que deve ter alta de 9,6%.
