O Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizou, nesta quarta-feira (10/12), a Assembleia Geral de 2025 e oficializou um orçamento histórico para o ano de 2026. Com previsão total de R$ 678,6 milhões, a entidade aprovou o maior repasse já destinado às Confederações, R$ 285 milhões provenientes das Loterias.
O objetivo central é fortalecer o desempenho esportivo brasileiro no ciclo rumo aos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 e garantir a estabilidade econômica da instituição.
Novas modalidades olímpicas como cricket, lacrosse, flag football, beisebol e softbol, terão redução de investimento. Será aplicado R$ 1,9 milhão para o próximo ano. Em 2025, a confederação repassou R$ 3,5 milhões.
Após medalha de prata na última edição dos Jogos Olímpicos, o tiro com arco bateu o recorde de aumento de investimento para o próximo ano. Ao todo, a entidade responsável receberá mais de R$ 7 milhões, com aumento de quase R$2 milhões em comparação com o último ano.
Ginástica (R$ 16,5 milhões), atletismo (R$ 10,1 milhões) e boxe (R$ 10,1 milhões) aparecem no top 3 de maiores investimentos. Em 2025, o ranking era: ginástica (R$ 15,24 milhões), vôlei (R$ 14,14 milhões) e judô ( R$ 11,51 milhões).
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Para o presidente do COB, Marco La Porta, a Assembleia simboliza a consolidação de um modelo de gestão mais participativo. O orçamento apresentou um aumento de cerca de 14,3%.
“Estamos no caminho certo. Esta gestão trabalha para unir todo o Movimento Olímpico brasileiro. O esporte nacional sai fortalecido, mostrando que está unido em busca de evolução esportiva e administrativa”, afirmou. A reunião contou com presidentes e representantes das Confederações, membros do COI, da Comissão de Atletas, dos Conselhos e diretores da entidade.



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Rebeca Andrade do Brasil recebe medalha de bronze após a final geral feminina no Ariake Gymnastics Center durante o Jogos Olímpicos de Verão de Tóquio 2020
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O valor será aplicado diretamente no desenvolvimento das modalidades e na preparação esportiva, um movimento para ampliar as chances do Brasil em competições internacionais.
Além disso, outros R$ 76 milhões serão aplicados em iniciativas como programas de preparação olímpica e pan-americana, suporte a jovens atletas, programas de transição e base, projetos voltados às mulheres no esporte, bases internacionais e ações especiais de desenvolvimento
Distribuição dos recursos por modalidade
As modalidades olímpicas e pan-americanas terão acesso à descentralização de recursos já definida para 2026. Entre os maiores repasses estão:
- Ginástica — R$ 15,24 milhões | R$ 16,5 milhões
- Atletismo — 9 milhões | R$ 10,1 milhões
- Boxe — R$ 9,51 milhões | R$ 10,18 milhões
- Canoagem — R$ 11,06 milhões | R$ 11,58 milhões
- Desportos Aquáticos — R$ 11,07 milhões | R$ 11,78 milhões
- Skate — R$ 10,41 milhões | R$ 11,38 milhões
- Surf — R$ 10,3 milhões |R$ 11,4 milhões
- Judô — R$ 11,51 milhões | R$ 12,74 milhões
- Voleibol — R$ 14,14 milhões | R$ 14,1 milhões

