O governo da Colômbia informou que o espaço aéreo da Venezuela permanece “plenamente aberto e operacional” e negou que há situações que afetam a segurança na área. A nota, emitida neste domingo (30/11) pela Aeronáutica Civil colômbiana, detalha que não há restrições que afetam a navegação na área cívil mesmo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar que a rota de voo venezuelana estava fechada em meio à escalada militar entre as nações.
“A Unidade Administrativa Especial de Aeronáutica Civil, de acordo com indagações recentes, informa que o espaço aéreo da República Bolivariana da Venezuela permanece plenamente aberto e operacional, sem restrições que afetem a navegação aérea civil. Além disso, transmite uma mensagem de tranquilidade em relação aos seus céus, onde não há nenhuma situação que afete a segurança operacional neste momento”, comunicou.
Ainda no comunicado, a instituição informou que outro país não possui autoridade para interferir na soberania da Venezuela e que as ameaças de “terceiros” estão fora do âmbito do direito internacional, necessita de validade operacional e gera confusão no sistema de aviação civil. O recado como forma de crítica se refere a Donald Trump, que subiu o tom nas declarações ofensivas contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro e fez uma nova ameaça no sábado (29/11), ao afirmar que o espaço aéreo da Venezuela está totalmente fechado.
A ameaça por meios aéreos acontece em meio a intensificação de tensões entre EUA e Venezuela, onde, em agosto deste ano, o país norte-americano enviou navios de guerra, um submarino nuclear, caças F-35, e o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, para a América Latina.
A Colômbia tem criticado os EUA e o líder colômbiano, Gustavo Petro, tem cobrado que Trump encerre os ataques próximo aos países sul-americanos.
“A Autoridade Colombiana de Aeronáutica Civil une-se ao apelo do Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, reiterando que a América Latina e o Caribe são e devem permanecer uma zona de paz, cooperação e respeito à soberania. Insta também a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) a convocar uma reunião urgente para tratar desta situação crítica e assegurar a continuidade operacional, em conformidade com os princípios do seu mandato”, comunicou.
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