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    Colômbia não descarta dar asilo a Maduro em caso de renúncia, diz chanceler

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    A Colômbia não descarta conceder asilo político para o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em caso de renúncia e saída do poder. Os Estados Unidos, que pressionam para que o venezuelano deixe o cargo, aumentaram ainda mais a tensão na região após realizarem a apreensão de um navio petroleiro nesta semana.

    A chanceler colombiana, Rosa Villavicencio, comentou o assunto em entrevista a uma rádio local. Segundo a diplomata, os governos dos Estados Unidos e da Venezuela fizeram contato nas últimas semanas para tentar negociar uma saída de Maduro da presidência.

    “Se essa saída implicar que ele deve viver em outro país ou pedir proteção, então a Colômbia não teria porque lhe dizer não”, disse Villavicencio.

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    De acordo com os jornais Miami Herald e The New York Times, Maduro e Donald Trump conversaram por telefone no dia 21 de novembro e o republicano ofereceu um acordo para que o venezuelano deixasse o país em segurança.

    Na ligação, o governo dos EUA ofereceu “passagem segura” para que Maduro, a esposa Cilia Flores e o filho deixassem a Venezuela. A família poderia fugir para qualquer país, mas Trump cobrou que Maduro renunciasse ao cargo imediatamente, o que o venezuelano não concordou.

    Uma fonte da Casa Branca informou ao Miami Herald que Trump e Maduro não conseguiram chegar a um acordo e encerraram a negociação.

    A Colômbia também é alvo de pressão dos Estados Unidos. Trump acusa o líder do país, o político de esquerda Gustavo Petro, de ser um “narcotraficante” — mesmo acusação feita a Maduro.

    Nessa quinta-feira (11/12), Trump declarou para jornalistas na Casa Branca que a Colômbia “está produzindo muita droga” e mandou um recado para Petro. “É melhor ele se conscientizar ou será o próximo. Ele será o próximo em breve. Espero que ele esteja ouvindo, ele será o próximo”, afirmou.