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    Com centenas de voos cancelados, caos permanece em aeroportos de SP

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    A cidade de São Paulo ainda sente os impactos do ciclone extratropical desde a manhã da última quarta-feira (10/12). As rajadas de vento que ultrapassaram os 90 km/h deixou estragos e provocou centenas de cancelamentos de voos.

    No Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, 66 chegadas e 51 partidas foram canceladas até as 18h30, totalizando 117 voos comprometidos apenas nesta quinta (11/12). Passageiros relatam dificuldades para remarcar viagens, falta de orientação clara e hotéis lotados, enquanto a operação tenta se reorganizar após as condições severas do clima.

    No Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior do país, os reflexos do ciclone também foram expressivos: 72 voos foram suspensos e 28 alternados para outros aeroportos.

    Em Campinas, no Aeroporto Internacional de Viracopos, a instabilidade também provocou 22 cancelamentos por causa do reajuste da malha aérea, ampliando o efeito dominó na aviação paulista.

    Com centenas de voos cancelados, caos permanece em aeroportos de SP - destaque galeria8 imagensPassageiros de voos cancelados em Congonhas dormem em aeroporto após vendavalPassageiros de voos cancelados em Congonhas dormem em aeroporto após vendavalVendaval provocou cancelamentos de voos em Congonhas, que teve filas e passageiros dormindo no chãoVendaval provocou cancelamentos de voos em Congonhas, que teve filas e passageiros dormindo no chãoJesuina Marques de Oliveira teve voo cancelado em Congonhas por causa de vendavalFechar modal.MetrópolesVendaval provocou cancelamentos de voos em Congonhas, que teve filas e passageiros dormindo no chão1 de 8

    Vendaval provocou cancelamentos de voos em Congonhas, que teve filas e passageiros dormindo no chão

    Jéssica Bernardo/MetrópolesPassageiros de voos cancelados em Congonhas dormem em aeroporto após vendaval2 de 8

    Passageiros de voos cancelados em Congonhas dormem em aeroporto após vendaval

    Jéssica Bernardo/MetrópolesPassageiros de voos cancelados em Congonhas dormem em aeroporto após vendaval3 de 8

    Passageiros de voos cancelados em Congonhas dormem em aeroporto após vendaval

    Jéssica Bernardo/MetrópolesVendaval provocou cancelamentos de voos em Congonhas, que teve filas e passageiros dormindo no chão4 de 8

    Vendaval provocou cancelamentos de voos em Congonhas, que teve filas e passageiros dormindo no chão

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    Vendaval provocou cancelamentos de voos em Congonhas, que teve filas e passageiros dormindo no chão

    Jéssica Bernardo/MetrópolesJesuina Marques de Oliveira teve voo cancelado em Congonhas por causa de vendaval6 de 8

    Jesuina Marques de Oliveira teve voo cancelado em Congonhas por causa de vendaval

    Jéssica Bernardo/MetrópolesFamília ficou sem comer em Congonhas após ter voo cancelado em razão de vendaval7 de 8

    Família ficou sem comer em Congonhas após ter voo cancelado em razão de vendaval

    Jéssica Bernardo/MetrópolesPassageiros dormem no Aeroporto de Congonhas após cancelamento de voos8 de 8

    Passageiros dormem no Aeroporto de Congonhas após cancelamento de voos

    Jessica Bernardo/Metrópoles

    Caos no aeroporto

    O drama dos passageiros que enfrentam cancelamento de voos dura horas e horas. O piloto de helicóptero Alberto Barbosa, de 58 anos, veio a São Paulo para fazer um treinamento, a trabalho. Voltaria a Navegantes, em Santa Carina, nesta quinta (11/12) ao meio-dia, partindo de Guarulhos. “Ao fazer o check-in no aeroporto para despachar a bagagem, é que eu soube que meu voo tinha sido cancelado. Aí entrei no site e rapidamente consegui um voo para as 15h30, só que era aqui em Congonhas. Consegui o voucher pela empresa, pela Latam, o voucher de Uber, vim para cá, para Congonhas e no meio do caminho o voo que eu tinha reservado das 15h30 também foi cancelado”, conta.

    As expectativas não são boas. “Vou ter que fazer a hospedagem por minha conta e depois pedir o reembolso, que demora de seis a oito meses e estou com só o voucher de alimentação e do transporte de táxi para o hotel e do hotel para cá”, acrescenta o piloto. “Já estão todos os voos lotados e se eu não conseguir embarcar amanhã, só no dia 13.

    A publicitária Júlia Fagundes, de 25 anos, saiu do Rio de Janeiro para Porto Alegre, com uma conexão em São Paulo nesta quinta (11/12). No entanto, houve um atraso de quase uma hora ainda na capital carioca que a deixou “presa” no Aeroporto de Congonhas. “Desde que cheguei aqui, aguardo há aproximadamente uma hora e meia na fila, tentando obter informações sobre as opções disponíveis, como um próximo voo e a localização da minha bagagem despachada. Cada pessoa a quem pergunto me fornece informações diferentes”, lamenta. “Alguns sugerem a possibilidade de um voo posterior hoje, enquanto outros indicam que só haverá voos disponíveis no sábado. O maior problema é a inconsistência das informações”.

    Quando soube pela mídia sobre o drama vivido nos aeroportos pós-ventania, Adriana Santos, de 32 anos, resolveu chegar em Congonhas com sete horas de antecedência, na expectativa de conseguir embarcar para Recife ainda hoje. “Às 16h10, fui tentar despachar a mala logo, aí não deixaram”, compartilha. “Tenho que ir ver a minha família”, completa.

    O que dizem as aéreas

    Em nota ao Metrópoles, a Azul confirmou o cancelamento dos voos nas regiões Sul e Sudeste do país. “A companhia ressalta que os clientes impactados estão recebendo a assistência prevista na resolução da Anac. Por liberalidade, a Azul também está flexibilizando sua política de remarcação afim de minimizar os impactos aos seus passageiros. Com isso, clientes com passagens emitidas para os dias 11 e 12 de dezembro poderão alterar suas viagens até o dia 18 de dezembro gratuitamente ou, ainda, se optarem pelo cancelamento do voo, manter o crédito integral do valor pago para utilizar em outra oportunidade, em até 1 ano a partir da data de emissão do bilhete”, informou.

    Latam confirmou em nota que ainda nesta quinta (11/12) ainda há reflexos dos impactos metereológicos. “A empresa orienta que o cliente consulte o status do seu voo antes de se dirigir ao aeroporto, e altere a sua viagem se necessário. Clientes que não residem em São Paulo e necessitem de acomodação por conta de voos afetados podem permanecer na fila para atendimento ou reservar seu hotel e transporte por meios próprios. Nesse segundo caso, o cliente deve guardar o seu comprovante de pagamento para que a companhia possa proceder com o reembolso. Basta escrever para a LATAM pelo WhatsApp e não é necessário fazer isso de imediato”.

    Já para os voos que não foram cancelados entre ontem e hoje mas que tinham como origem, destino ou conexão São Paulo, a Latam destacou que também é possível pedir alteração na data de viagem sem custo para viajar dentro dos próximos 15 dias. ” Essa alteração deve ser realizada antes da partida do voo original e é uma medida que ajuda a descongestionar os aeroportos e liberar assentos para quem realmente necessita viajar nestas datas”.

    Procurada, a Gol afirmou que nesta quinta (11/12) as operações seguem regulares nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos. “Devido às condições meteorológicas adversas no estado de São Paulo – um fator totalmente alheio ao controle da Companhia – alguns voos foram cancelados ou sofreram atrasos na quarta-feira (10/12). Como consequência da grande contingência de ontem, novos atrasos podem ocorrer ao longo do dia de hoje (11/12). Para maior comodidade, clientes impactados pelos atrasos e cancelamentos de ontem (10/12) que tenham disponibilidade para alterar seu voo podem fazê-lo sem custos adicionais. A mudança é autorizada dentro da validade do bilhete, mantendo a mesma origem e destino, e não é necessário comparecer ao aeroporto para realizá-la”.

    Estragos do ciclone

    O ciclone extratropical que atingiu a capital e a Grande São Paulo deixou um rastro de destruição. A cidade amanheceu com árvores arrancadas pela raiz, carros esmagados, ruas bloqueadas e milhares de pessoas sem energia. Os impactos foram vistos em vários bairros, onde galhos gigantes caíram sobre veículos, muros e fiações, causando prejuízo e interrupções por toda parte. Veja abaixo as imagens dos estragos pela cidade:

    Com centenas de voos cancelados, caos permanece em aeroportos de SP - destaque galeria12 imagensÁrvores caem sobre carros no IbirapueraAvenida Brasil, sentido Parque do IbirapueraÁrvores caem sobre carros na zona sul de SPVentania derrubou árvores em São PauloVentania derrubou árvores em São PauloFechar modal.MetrópolesÁrvores caem sobre carros no Ibirapuera1 de 12

    Árvores caem sobre carros no Ibirapuera

    Redes sociais/ReproduçãoÁrvores caem sobre carros no Ibirapuera2 de 12

    Árvores caem sobre carros no Ibirapuera

    Redes sociais/ReproduçãoAvenida Brasil, sentido Parque do Ibirapuera3 de 12

    Avenida Brasil, sentido Parque do Ibirapuera

    Redes sociais/ReproduçãoÁrvores caem sobre carros na zona sul de SP4 de 12

    Árvores caem sobre carros na zona sul de SP

    Jéssica Bernardo/MetrópolesVentania derrubou árvores em São Paulo5 de 12

    Ventania derrubou árvores em São Paulo

    Redes sociais/ReproduçãoVentania derrubou árvores em São Paulo6 de 12

    Ventania derrubou árvores em São Paulo

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    Ventania derrubou árvores em São Paulo

    Redes sociais/ReproduçãoEstragos da ventania atingiram São Bernardo8 de 12

    Estragos da ventania atingiram São Bernardo

    Redes sociais/ReproduçãoCorpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventania9 de 12

    Corpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventania

    Redes sociais/ReproduçãoVentania derrubou árvores na zona sul de São Paulo10 de 12

    Ventania derrubou árvores na zona sul de São Paulo

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    Ventania derrubou árvores em São Paulo

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    Ventania derrubou árvores em São Paulo

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