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Com documento falso, Silvinei alegou ter câncer que afeta a fala

Com documento falso, Silvinei alegou ter câncer que afeta a fala

Na tentativa de fuga pelo Paraguai, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques apresentou às autoridades um passaporte falso em nome de um paraguaio, Julio Eduardo, e uma declaração em que afirmava ter um tipo de câncer na cabeça e não conseguir falar. Ele foi preso no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, nesta sexta-feira (26/12) ao tentar embarcar para El Salvador.

Segundo a Polícia Federal, Silvinei portava um documento intitulado “Declaração Pessoal para Autoridades Aeroportuárias”, no qual alegava sofrer de Glioblastoma Multiforme – Grau IV, um tipo agressivo de câncer cerebral.

No texto, afirmava que não falava nem ouvia “devido a uma condição médica grave” e solicitava que eventual comunicação fosse feita por escrito.

“Eu, a pessoa que apresenta este documento, informo que não falo nem ouço, devido a uma condição médica grave. Tenho diagnóstico de Glioblastoma Multiforme – Grau IV, câncer localizado na cabeça (cérebro), doença oncológica de prognóstico grave, razão pela qual não posso me comunicar verbalmente nem compreender instruções orais. Por esse motivo, não posso responder perguntas de forma falada”, declarou Silvinei.

O ex-diretor da PRF dizia ainda que viajava para San Salvador, em voo da Copa Airlines, com o objetivo exclusivo de realizar tratamento médico de radiocirurgia, procedimento que, segundo a declaração, poderia “prolongar o período de vida”. O documento também mencionava autorização médica para a viagem e o porte de medicamentos de uso contínuo.

Texto que Silvinei Vasques apresentou no Paraguai, alegando sofrer de Glioblastoma Multiforme – Grau IV, um tipo agressivo de câncer cerebral.

Fuga começou na véspera de Natal

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Vinícius Schmidt/Metrópoles2 de 5

Silvinei Vasques foi diretor da Polícia Rodoviára Federal (PRF) durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro

Vinícius Schmidt/Metrópoles3 de 5

Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, foi preso no Paraguai ao tentar deixar o Brasil de carro alugado, com passaporte falso e itens para o animal

Reprodução/Redes Sociais4 de 5

Silvinei Vasques tentou embarcar usando passaporte falso

Reprodução5 de 5

Passaporte falso usado por Silvinei Vasques para fuga

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Condenação no STF

Silvinei Vasques foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pelo STF por integrar o núcleo 2 da trama golpista, responsável, segundo a Corte, pela elaboração da chamada “minuta do golpe” e por ações para dificultar o voto de eleitores do Nordeste nas eleições de 2022.

A condenação foi proferida em 16 de dezembro, mas ainda não transitou em julgado. A defesa segue no prazo para apresentação de recursos. Mesmo assim, Moraes decretou a prisão preventiva de Silvinei após a tentativa de fuga.

Vasques será entregue à Polícia Federal ainda nesta sexta-feira (26/12). As autoridades paraguaias conduzem Vasques até a região da tríplice fronteira, em Ciudad del Este, onde ele será repassado à PF. Em seguida, o ex-diretor será levado para Brasília, onde permanecerá detido.

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