O Congresso Nacional aprovou, nesta sexta-feira (19/12), o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2026. O parecer do deputado federal Isnaldo Bulhões (MDB-AL) recebeu aprovação em votação simbólica no Senado e na Câmara. O superávit é de R$ 34,5 bilhões e serão R$ 61 bilhões em emendas parlamentares em 2026.
O substitutivo do Orçamento projeta que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá um superávit de R$ 34,5 bilhões. O “fôlego” nas contas públicas significa que a equipe econômica conseguiu atingir a meta fiscal, pois o montante representa cerca de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
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Antes de ser aprovado em plenário, passou pela Comissão Mista de Orçamento (CMO).
O Congresso decidiu aliviar a pressão em cima da equipe econômica e determinou, durante a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no início do mês, que o Planalto poderá perseguir o piso da meta fiscal em 2026, não sendo necessário perseguir o centro. Essa seria uma forma de evitar contingenciamentos volumosos.
Os gastos da União para o ano eleitoral somam R$ 6,5 trilhão, dos quais R$ 1,8 trilhão correspondem ao refinanciamento da dívida. Assim, o Orçamento líquido será de R$ 4,7 trilhões, com R$ 197,9 bilhões destinados a investimentos e R$ 4. 521,7 bilhões aos orçamentos fiscal e da seguridade social.
Ficou estabelecido um limite de despesas na casa dos R$ 2.39 bilhões, o que corresponde a um crescimento nominal de 7,98%. O gasto é destrinchado em R$ 2,29 bilhões para o Executivo, R$ 64,7 milhões para o Judiciário e R$ 18 milhões para o Legislativo.
Emendas turbinadas
Isnaldo Bulhões estipulou que o governo Lula deverá executar R$ 61 bilhões em emendas parlamentares em 2026. Desse montante, R$ 49,9 bilhões correspondem a despesas obrigatórias. Ao todo, foram indicadas 7.180 emendas individuais e coletivas. Dessas, são 5.784 de deputados, 1.086 de senadores, 248 de bancada estadual e 62 de comissão permanente.
Na LDO, os parlamentares estipularam que o governo será obrigado a cumprir um calendário mais rígido para o pagamento de emendas. Até julho, o Palácio do Planalto deverá ter pago 65% dos R$ 49,9 bilhões de emendas obrigatórias, o que soma mais de R$ 33 bilhões.
Há ainda cerca de R$ 11,1 bilhões para parcelas adicionais, sendo elas despesas discricionárias e para projetos selecionados no novo Projeto de Aceleração ao Crescimento (PAC).
