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Com Xi, Macron cobra equilíbrio comercial e apoio na guerra da Ucrânia

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Com Xi, Macron cobra equilíbrio comercial e apoio na guerra da Ucrânia

O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu ao líder chinês, Xi Jinping, que aumente a cooperação em geopolítica, comércio e meio ambiente durante sua quarta visita de Estado à China. O encontro, realizado nesta quinta-feira (4/12) no Grande Salão do Povo, ocorre em meio às tentativas europeias de envolver Pequim na busca por um desfecho para a guerra na Ucrânia.

A atual posição da China sobre o conflito no leste europeu é neutra, entretanto, Xi é considerado um dos principais aliados de Vladimir Putin.

O francês é um dos principais apoiadores de Volodymyr Zelensky, e reiterou o pedido para que Pequim pressione Moscou por um cessar-fogo. “Espero que a China se junte ao nosso apelo para alcançarmos, pelo menos, um cessar-fogo rápido e uma moratória sobre ataques a infraestruturas críticas”, disse. “É fundamental, pois o inverno está chegando.”

No início do mês, Xi ofereceu garantias de apoio contínuo à Rússia, embora mantenha o discurso público de que a China está “comprometida com a paz”.

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Xi Jinping e Emmanuel Macron

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Xi Jinping e Emmanuel Macron

Adek Berry-Pool/Getty Images

Macron chegou a Pequim acompanhado por uma ampla delegação de executivos de gigantes como Airbus, BNP Paribas, Schneider e Alstom.

O objetivo é reduzir o profundo déficit comercial francês com a China e garantir empregos industriais. “Os desequilíbrios que vemos hoje não são sustentáveis”, disse o francês, defendendo regras mais justas de comércio e criticando mecanismos baseados na “sobrevivência do mais forte”.

Xi respondeu destacando que China e França devem “seguir seus próprios caminhos geopolíticos”, mantendo autonomia estratégica mesmo diante das mudanças no ambiente internacional. Ambos os líderes defenderam a importância do multilateralismo e de uma ordem global “mais justa e inclusiva”.

Disputas comerciais

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Nesta sexta-feira (5/12), Xi acompanhará Macron em uma visita à província de Sichuan, um gesto incomum para o líder chinês, que raramente segue chefes de Estado além da capital.

Apesar da cordialidade, Pequim e Bruxelas continuam distantes em temas-chave. A China não deve flexibilizar o preço mínimo imposto ao conhaque francês, nem reduzir tarifas sobre carne suína europeia sem contrapartidas no setor de veículos elétricos.

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