As contas do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) estão no vermelho. Segundo levantamento da Câmara Legislativa (CLDF), de maio a agosto de 2025, a receita foi de R$ 594,8 milhões e as despesas chegaram a R$ 629,2 milhões, um deficit de R$ 34,4 milhões. Além das unidades de pronto atendimento (UPAs), o Iges-DF também é responsável pela administração do Hospital de Base de Brasília (HBDF) e do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
Os números foram calculados pela Consultoria Técnico-Legislativa de Fiscalização, Controle, Acompanhamento de Políticas e Contas Públicas e Execução Orçamentária (Conofis) e foram debatidos durante audiência pública para a prestação de contas do Iges-DF na Comissão de Saúde da CLDF, na quinta-feira (27/11).
Para a presidente da Comissão de Saúde, a deputada distrital Dayse Amarilio (PSB), a situação é preocupante. “O Iges-DF tem um balanço negativo de milhões que não coloca como vai repor esse dinheiro. Há risco de descontinuidade de serviços”, alertou. Por isso, a parlamentar cobrou uma auditoria externa independente.
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Com base no relatório do Conofis, o problema é recorrente:
- Em 2023, a receita total foi de R$ 1.306.281.194,41 e a despesa ficou em R$ 1.353.559.805,78, deficit de R$ 47.278.611,37;
- Ao final de 2024, a receita foi de R$ 1.508.317.213,21 e a despesa de R$ 1.633.669.660,03, deficit de R$ 125.352.446,82;
- No cálculo parcial de 2025, entre janeiro e agosto, a situação persiste. A receita está em R$ 1.158.741.222,88 e a despesa R$ 1.186.967.987,48, o que aponta um deficit de R$ 28.226.764,60.
O Metrópoles entrou em contato com o Iges-DF sobre a situação. O espaço segue aberto.
