Os Correios devem receber até a próxima terça-feira (30/12), os recursos de um empréstimo na ordem de R$ 12 bilhões. De acordo com edição extra do Diário Oficial da União (DOU), publicada nessa sexta-feira (26/12), o contrato foi assinado, também nesta sexta, com um grupo de cinco bancos: Bradesco, Itaú, Santander, Caixa e Banco do Brasil.
A transação tem o aval do Tesouro Nacional e terá garantida da União, já que está condicionado ao plano de reestruturação da empresa. A curto prazo, o recurso será usado para pagar obrigações atrasadas da estatal, como salários, precatórios e dívidas.
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Plano de reestruturação
Segundo o extrato da operação, o contrato dos Correios com os bancos terá duração de 15 anos, até 2040. O objetivo é financiamento para capital de giro e investimentos estratégicos.
Desde que o presidente Emmanoel Rondon assumiu a empresa, no final de setembro, vinha tentando fechar o negócio para pagar dívidas em atraso e colocar de pé um plano de reestruturação.
Entre as medidas do plano estão corte de gastos e aumento de receitas para que a estatal volte a ter lucro em 2027. Também está prevista a demissão voluntária de 15 mil trabalhadores, sendo 10 mil em 2026 e 5 mil em 2027, bem como o fechamento de 1 mil unidades dos Correios e novas parcerias com o setor privado.
