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Cravo-da-índia: aprenda a cultivar a especiaria poderosa para a saúde

Cravo-da-índia: aprenda a cultivar a especiaria poderosa para a saúde

O cravo-da-índia, especiaria famosa pelo perfume intenso e pelo uso culinário e medicinal, pode ser cultivado em casa desde que receba atenção especial ao clima, ao solo e ao tempo de desenvolvimento. Em entrevista ao Metrópoles, o biólogo Fabiano Soares explica o que é necessário para quem deseja apostar no cultivo doméstico da planta.

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De acordo com o especialista, o cravo-da-índia é uma espécie típica de regiões tropicais e subtropicais. Isso significa que ela se desenvolve melhor em temperaturas elevadas, entre 26 °C e 30 °C.

“O ideal é que seja plantada diretamente no solo, já que se trata de uma árvore, mas também é possível cultivá-la em vasos grandes, desde que haja espaço para o crescimento das raízes”, afirma Fabiano.

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Foto colorida cravo-da-índiaAlimento é conhecido por seu aroma marcante e benefícios à saúde

Quem decidir iniciar o plantio a partir das sementes precisa estar preparado para um processo mais longo. O biólogo orienta que as sementes sejam deixadas em água morna por cerca de dois dias antes do plantio, para estimular a germinação.

Depois desse período, a radícula deve ser enterrada a aproximadamente um centímetro de profundidade. “Nos primeiros meses, o ambiente precisa ser quente e sombreado, favorecendo o surgimento das folhas”, explica Soares.

Os indivíduos que buscam encurtar o caminho até a colheita podem investir em mudas já formadas. Segundo Fabiano, o tempo até a produção dos cravinhos pode cair para quatro a seis anos, enquanto o cultivo por sementes pode levar até oito. “É um cultivo que exige paciência. O cuidado com a planta acaba sendo quase terapêutico.”

Cultivar o cravo-da-índia exige paciência e cuidados específicos, já que se trata de uma árvore tropical que pode levar alguns anos para começar a produzir

Outro ponto fundamental é a preparação do solo. A mistura ideal, segundo o biólogo, leva terra preta, húmus e areia, em proporções que garantam boa drenagem e oxigenação das raízes. A umidade também deve ser controlada. “O solo precisa estar sempre úmido, mas nunca encharcado, para evitar danos à planta”, alerta.

Além disso, o cravo-da-índia deve receber pelo menos seis horas diárias de sol direto, especialmente em regiões mais quentes. Com esses cuidados e dedicação constante, é possível colher cravos frescos em casa e aproveitar não apenas o aroma característico, mas também os usos culinários e as propriedades associadas à especiaria.

O cravo-da-índia possui compostos com ação antimicrobiana, anti-inflamatória e antioxidante, que atuam de forma positiva no corpo. Isso ajuda a prevenir infecções e aliviar desconfortos, como dores de dente ou musculares.

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