A defesa de Jair Bolsonaro pediu nesta quinta-feira (11) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que um médico faça um exame de ultrassonografia no ex-presidente. Segundo os advogados, o procedimento terá que ser dentro das instalações da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília.
Bolsonaro está preso em uma sala da superintendência, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.
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O pedido para realização de exame foi feito após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser realizada pela própria PF, no prazo de 15 dias.
Os advogados solicitaram autorização para entrada do médico Bruno Luís Barbosa Cherulli na PF para realização do exame com um equipamento portátil de ultrassom. O procedimento será realizado nas regiões inguinais direita e esquerda.
“Trata-se de procedimento não invasivo, rápido, que não exige sedação ou estrutura hospitalar, podendo ser plenamente realizado in loco, garantindo, assim, que as imagens e laudos correspondentes sejam disponibilizados imediatamente à Polícia Federal para subsidiar a perícia já determinada por Vossa Excelência”, disse a defesa.
A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Mais cedo, ao determinar a realização da perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para realizar uma cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.
“A medida visa exclusivamente suprir a atualidade dos exames, ponto expressamente destacado no despacho, e facilitar a pronta conclusão da perícia oficial, sem qualquer impacto no fluxo decisório estabelecido”, completou a defesa.
Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no seu estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para realizar uma cirurgia.
