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    Defesa de Martins atribui sua prisão à tentativa de fuga de Silvinei

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    O advogado Jeffrey Chiquini atribuiu, neste sábado (27/12), a prisão domiciliar de seu cliente, Filipe Martins, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a uma suposta possibilidade de fuga de outros réus julgados na trama golpista. O ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 21 anos em julgamento do núcleo 2 da trama golpista, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de gerenciar ações da organização criminosa que buscava manter Bolsonaro no poder.

    “De repente, um dia após a prisão do PRF Silvinei Vasques, sai essa decisão para Filipe Martins. O que ele tem a ver com a suposta tentativa de fuga de outro corréu?”, questinou o advogado.

    Silvinei, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi detido no aeroporto de Assunção, Paraguai, quando tentava fugir para El Salvador, na madrugada dessa sexta-feira (26/12).

    O ex-diretor da corporação foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pela Suprema Corte por integrar a trama golpista. Na fuga, ele teria rompido a tornozeleira eletrônica e tentado deixar o Brasil pelo Paraguai. Como o aparelho de monitoramento foi danificado, as autoridades brasileiras lançaram alguns alertas. Quando Silvinei chegou ao território paraguaio, a polícia local o prendeu.

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    “O ministro Alexandre de Moraes, há 3 semanas, deu uma decisão dizendo que Filipe Martins cumpre as cautelares de forma exemplar, então, o que mudou? Por que, de repente, hoje, no meio do recesso, semana de festas, Filipe Martins tem uma prisão domiciliar decretada sem qualquer motivo? Mais um grave erro de processo penal. Sabemos que as medidas cautelares só podem ser agravadas havendo uma situação no quadro fático. Não há, na nova decisão do ministro Moraes, qualquer menção fática”, disse o advogado do ex-assessor de Bolsonaro.