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Demência canina: o que é a síndrome cognitiva que afeta cães idosos

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Demência canina: o que é a síndrome cognitiva que afeta cães idosos

Com o envelhecimento dos cães, alguns tutores percebem mudanças no comportamento que vão além do esperado para a idade. O animal parece confuso, esquece comandos simples ou passa a dormir durante o dia e ficar inquieto à noite. Esses sinais podem indicar a síndrome de disfunção cognitiva canina (SDC), conhecida popularmente como demência canina.

A condição é tema de um estudo publicado em setembro na revista Alzheimer’s & Dementia, que mostra que cães idosos desenvolvem alterações cerebrais semelhantes às observadas no Alzheimer humano. Por isso, além de afetar a qualidade de vida dos animais, a doença também ajuda a ciência a entender melhor os mecanismos da demência em pessoas.

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O que é a demência canina

A demência canina é uma doença neurodegenerativa progressiva. Com o tempo, ocorre a perda de neurônios e o acúmulo de proteínas prejudiciais no cérebro, o que compromete memória, orientação, aprendizado e interação social.

Diferente do envelhecimento normal, essas mudanças interferem de forma clara na rotina do cão e do tutor. Os sintomas surgem aos poucos e podem variar de intensidade.

Sintomas da síndrome de disfunção cognitiva canina

O que diz a ciência

De acordo com o estudo, cães de companhia desenvolvem alterações cerebrais parecidas com as do Alzheimer, como o acúmulo de placas no cérebro. Por viverem no mesmo ambiente que os humanos e envelhecerem mais rápido, eles se tornaram um modelo importante para pesquisas sobre demência.

Os cientistas afirmam que não existe um exame único que confirme a demência canina. O diagnóstico é clínico e leva em conta o histórico relatado pelo tutor, a avaliação veterinária e exames para descartar outras doenças, como infecções, tumores ou problemas metabólicos. Escalas específicas de avaliação cognitiva também ajudam a medir a gravidade do quadro.

Tratamento e cuidados

A demência canina não tem cura, mas algumas estratégias ajudam a retardar a progressão e melhorar o bem-estar do animal. Medicamentos podem ser indicados pelo veterinário, além de mudanças na rotina, estímulos mentais, ambiente seguro e alimentação adequada.

Quanto mais cedo os sinais são reconhecidos, maiores são as chances de manter a qualidade de vida. Com o aumento da expectativa de vida dos cães, doenças ligadas ao envelhecimento se tornaram mais comuns.

Entender que mudanças de comportamento podem ser sinais de uma doença — e não apenas “coisa da idade” — ajuda tutores a buscar ajuda especializada e a oferecer cuidados mais adequados aos pets idosos.

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