Quem já enfrentou a angústia de ter contas atrasadas e renda apertada, sabe a dificuldade de renegociar uma dívida. Por isso, o último BBTS Talks de 2025 levou ao centro do debate a relação entre tecnologia, empatia e a reconstrução da vida financeira.
Com o tema “Educação financeira e renegociação: tecnologia, empatia e governança para recuperar crédito”, a edição reuniu dois nomes de destaque: o economista e criador de conteúdo Presley Vasconcellos, referência na comunicação acessível sobre finanças, e Rodrigo Vasconcelos, diretor de Negócios Digitais do Banco do Brasil e conselheiro do BBTS.
Ao Metrópoles, o economista Presley Vasconcellos revelou os fatores que levam a população brasileira ao descontrole financeiro.
Segundo ele, o Brasil já está marcado pelo descontrole nas finanças. “E isso se deve a uma deficiência no próprio sistema, impactado por hábitos como a compra indevida de ‘blusinhas’, o esquecimento da fatura do cartão. Tudo isso vira uma bola de neve. A padronização desses problemas afeta drasticamente a economia do país”, afirmou.
O brasileiro tenta viver um grau acima da renda, o que cria um ambiente propício para o endividamento, abalando a autonomia e autoestima financeiras.
Presley Vasconcellos, especialista em economia
Por esse motivo, a comunicação empática e clara faz toda a diferença. “O brasileiro tende a enxergar a dívida como um monstro de sete cabeças, por isso nem na mesa de um bar consegue falar sobre, mas é preciso quebrar esse tabu”, explicou.
“O indivíduo sente vergonha da dívida e acha que falhou na vida. Mas, a partir do momento que entende ser normal, o ambiente muda e se torna acolhedor, porque não é só ele que está passando por isso. O endividamento nada mais é do que um sinal de alerta para um processo de reorganização”, reforçou.
Assista ou reveja:
Hábitos financeiros saudáveis
A pessoa que é educada financeiramente sabe como planejar, investir e gastar o dinheiro conforme objetivos e necessidades. Assim, existem melhores condições de lidar com informações e riscos que afetam patrimônios. O indivíduo melhora a qualidade de vida, evita o endividamento e realiza sonhos. Para isso, é preciso buscar aprendizado, desenvolver disciplina e adotar hábitos financeiros saudáveis.
Educação financeira sem inclusão social é só papo de coach. O brasileiro precisa entender e aplicá-la no dia a dia dela.
Rodrigo Vasconcelos
E a BBTS acolhe o cliente muito bem. “Não deixa a pessoa se sentir culpada, porque o banco acende uma luz no fim do túnel, porque a tendência é de as pessoas não quererem nem ver o tamanho do ‘rombo’, sendo necessário encará-lo de frente e com a assessoria certa”, pontuou.
Nesse ponto, Rodrigo Vasconcelos confirma o propósito do Banco do Brasil em ser próximo e relevante para o cliente em todos os momentos. A começar pelo aplicativo do banco, que contempla o Minhas Finanças, ferramenta que entende o comportamento financeiro do cliente no dia a dia, para ajudá-lo a migrar dinheiro para o que realmente é necessário. “Percebemos que o cliente nos tem dado a confiança de conhecermos os dados dele de forma segura para ajudá-lo financeiramente. Essa relação faz toda a diferença”, reforça.
Rodrigo Vasconcelos
Desde 2022, estamos atuando com a plataforma de solução financeira, ajuste e uso de crédito consciente. Já são mais de R$ 1 bilhão organizados de forma fácil para setores básicos e necessários, como saúde, alimentação e transporte.
Rodrigo Vasconcelos, diretor de Negócios Digitais do BB
Cenário de desigualdade
Em 2025, o endividamento alcançou quase 80% das famílias brasileiras, e 30,4% delas estavam com dívidas em atraso. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
No talk, os convidados abordaram o tema e tocaram em um ponto essencial: a diferença entre o endividado e o inadimplente, além do diagnóstico das causas que levam à perda de controle financeiro.
Para Presley Vasconcellos, o cenário de desigualdade explica o endividamento brasileiro. Porém, existem dois tipos de endividamento: o do consumo, para o financiamento de imóvel, automóvel, etc, e o da perda, quando o indivíduo não consegue arcar com a dívida.
“O endividamento não é algo ruim, porque ele permite que a pessoa tenha acesso a produtos, como carro, casa, geladeira, entre outros. A parte ruim é quando não se tem controle sobre as dívidas. O indivíduo recebe R$ 5 mil de salário e gasta R$ 8 mil”.
Presley Vasconcellos, especialista em economia
O economista e criador de conteúdo Presley Vasconcellos
Para o economista, há hábitos simples e básicos para começar a ter educação financeira:
O primeiro passo é: entender o tamanho da dívida, justamente para não perder a cabeça;
O segundo passo é: entender que o boleto não é uma sentença;
O terceiro passo é: entender que tempo é dinheiro;
Já o quarto passo é: dividir o valor do salário recebido pelas horas trabalhadas e converter para a porcentagem de desconto de negociação de dívida na BBTS.
O especialista ainda explicou sobre a importância de começar a entender a educação financeira desde jovem.
“A tendência é que o mais jovem receba o primeiro salário e já converta em consumo. Mas é importante separar sempre uma parte para o futuro. Não dá para viver como se não existisse o amanhã”, pontuou.
Dívidas com o Banco do Brasil?
Uma das frentes de atuação da BBTS é a renegociação de dívidas. Nesse sentido, a empresa oferece o BBTS Facilita (https://facilita.bbts.com.br/institucional/bbts-facilita), um portal de autonegociação para clientes do BB.
O serviço alinha tecnologia e atendimento humanizado para oferecer comodidade e segurança aos seus clientes.
Além deste portal, o cliente pode negociar por WhatsApp, chat, e-mail, SMS e telefone.
BBTS Talks – Conversas para um futuro conectado
Promovido pelo Metrópoles, em parceria com a BB Tecnologia e Serviços, a edição de dezembro marca o encerramento da temporada 2025 do BBTS Talks, consolidado como um espaço de reflexão sobre os grandes temas que atravessam o mercado e a sociedade.
Ao colocar a educação financeira no centro do debate, o projeto encerra o ano discutindo soluções para renegociação de dívidas, recuperação de crédito e uso responsável de dados — temas cada vez mais estratégicos para empresas, instituições financeiras e para a vida cotidiana da população.
Este ano também teve o BBTS Connect Itinerante. Para debater cenários mais eficientes e sustentáveis, o evento reuniu em Cuiabá, em 19 de novembro, o bicampeão olímpico Giovane Gávio e a produtora rural Camila Telles, que falaram sobre inovação, desafios e oportunidades no agronegócio brasileiro.
Em julho de 2025, foi realizada a primeira edição do BBTS Connect Itinerante 2025. O encontro aconteceu em Recife e teve como tema as Conexões Que Trazem Valor. O evento trouxe à tona discussões essenciais sobre transformação digital, inovação sustentável e, principalmente, humanização nas organizações.
Já em setembro, a segunda edição do BBTS Connect Itinerante aterrissou em Salvador (BA) abordando como o ASG impacta em decisões de investimentos Um dos momentos mais aguardados foi a palestra “Inquietudes para um Novo Mundo”, ministrada por Denise Fraga, atriz e expert em comunicação.
Quanto ao BBTS Talks, em março contou com a participação da jornalista e especialista em ESG Giuliana Morrone e de Henrique Leite de Vasconcellos, executivo de Negócios e Finanças Sustentáveis no Banco do Brasil, que falou sobre governança responsável, o cuidado com o meio ambiente e a inclusão social para um futuro sustentável.
No segundo semestre, em agosto, a iniciativa recebeu o bicampeão olímpico Giovane Gávio para um bate-papo sobre liderança, disciplina e desenvolvimento pessoal.
Em setembro, o BBTS Talks recebeu Camila Achutti, fundadora e CEO da Mastertech e fundadora da SOMAS, e Marisa Reghini, vice-presidente de Negócios e Tecnologia do Banco do Brasil, para um bate-papo inspirador sobre Inteligência Artificial.
E, em outubro, o artista gráfico e influenciador Pedro Vinicio propôs uma reflexão sobre o “Humano 5.0: a revolução que começa dentro da gente”.
Em 2024, o projeto abordou temas relacionados à conexão e inovação. Já participaram do projeto, a jornalista e escritora Rosana Hermann, o criador e diretor do Festival MixBrasil de Cultura e Diversidade André Fischer, e o consultor, professor e estrategista de negócios Eduardo Maróstica.
A BB Tecnologia e Serviços é uma provedora de soluções inteligentes que atua em diversas áreas, incluindo gestão de segurança, soluções digitais, comunicação e conectividade – sempre destacando a inovação e a tecnologia.