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    Detento cego que estava desaparecido após soltura é encontrado

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    O detento cego de um olho e com deficiência intelectual que estava desaparecido desde sábado (27/12), após ser solto por decisão judicial do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), foi encontrado na tarde desta segunda-feira (29/12) no BRT de Santa Maria, no Distrito Federal.

    Entenda o caso

    • Ernesto é cego de um olho e possui deficiência intelectual.
    • O desaparecimento gerou preocupação entre familiares e a defesa, sobretudo porque, segundo eles, não houve comunicação prévia sobre a soltura, o que teria colocado o homem em situação de vulnerabilidade.
    • A advogada Polyana Peixoto da Cruz, responsável pela defesa, afirmou que, em liberações anteriores, a comunicação sobre a soltura era enviada por e-mail.
    • Desta vez, segundo ela, não houve qualquer aviso à defesa ou à família.
    • Ernesto cumpria pena por descumprimento de medida protetiva contra a cunhada e por ameaças.

    Como detento foi localizado

    Ernesto foi encontrado depois de ter sido abordado por policiais em Novo Gama (GO). Durante a abordagem, um dos agentes reconheceu o homem depois de ler a reportagem publicada pelo Metrópoles e informou outros policiais pelo rádio.

    Ao voltarem à rodoviária do Novo Gama, local onde a abordagem havia ocorrido, os policiais conversaram com motoristas, que relataram que Ernesto havia embarcado em um ônibus com destino a Santa Maria.

    Com a informação do possível destino, a família se dirigiu à região administrativa. Já em Santa Maria, uma cobradora do ônibus também reconheceu o homem, desta vez por cartazes com a foto dele espalhados na região e ligou para o telefone escrito que era da irmã do detento. A partir desse contato, os familiares foram até o local indicado e conseguiram encontrá-lo no BRT.

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    O que diz a Seape

    Procurada, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) esclareceu que a decisão judicial não previa comunicação formal da expedição do alvará a advogados ou familiares e que o documento pode ser acompanhado pelas partes nos autos do processo.

    A Seape informou ainda que, assim que foi identificada a perda de sinal do dispositivo de monitoração eletrônica, a ocorrência foi registrada e comunicada ao Poder Judiciário, conforme os protocolos operacionais vigentes.