O Biotic (Parque Tecnológico de Brasília) tem se consolidado como um polo exportador de inovação, com startups residentes ganhando reconhecimento em mercados exigentes como Londres, Macau e Singapura. O ecossistema local ultrapassa as fronteiras da capital federal ao entregar soluções tecnológicas prontas para gargalos globais, que vão da saúde animal à eficiência energética.
IA e biotecnologia
Um dos principais expoentes desse cenário é a Peptidus Biotech, que utiliza inteligência artificial para desenvolver medicamentos veterinários. A startup é a única brasileira finalista do Animal Health, Nutrition & Technology Innovation Europe 2025, sediado em Londres.
A tecnologia desenvolvida pela empresa acelera a descoberta de tratamentos, como cicatrizantes e soluções para mastite bovina, sem deixar resíduos no animal ou no meio ambiente.
A atuação da Peptidus reforça a estratégia de posicionar o Distrito Federal como um polo de Deep Tech, focando no licenciamento de tecnologias complexas para a indústria farmacêutica global.
A Peptidus Biotech utiliza inteligência artificial para desenvolver medicamentos veterinários
Sustentabilidade e economia
Na vertente da sustentabilidade operacional, a Polus ganha destaque com o sistema de monitoramento remoto de câmaras frias. A tecnologia, já instalada em mais de 300 equipamentos pelo Brasil, atua na redução drástica do consumo de energia.
A inovação rendeu à startup o prêmio de “Maior Potencial de Transferência de Valor Tecnológico” em uma competição global promovida em Macau, além de garantir participação na COP27.
A Polus atua com sistema de monitoramento remoto de câmaras frias
O futuro em 3D
Além de incubar empresas de sucesso, o Biotic investe na modernização da própria infraestrutura. Em parceria com o INCT Carbono Zero, o parque está desenvolvendo um “Gêmeo Digital”. A ferramenta permitirá a visualização virtual completa do complexo tecnológico, facilitando o planejamento de obras e a gestão dos ambientes em tempo real.
Segundo Gustavo Dias Henrique, presidente do Biotic, o atual portfólio das residentes reforça a vocação do parque como elo entre ciência e mercado. “As tecnologias desenvolvidas no nosso ecossistema já estão prontas para contribuir de forma concreta com uma gestão pública mais eficiente e integrada”, afirma.

