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    Dólar sobe pela 3ª vez seguida no fim do ano, a R$ 5,57. Bolsa cai

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    O dólar à vista fechou em alta pela terceira vez seguida neste fim de ano. Nesta segunda-feira (29/12), ele subiu 0,48%, cotado a R$ 5,57. Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), operava em queda de 0,50%, aos 160.087,76 pontos, às 16h55.

    No Brasil, a moeda americana seguiu o movimento internacional, num dia de baixa movimentação tanto no mercado de câmbio como no de capitais. Às 15h45, por exemplo, o índice DXY, que compara a força do dólar a uma cesta de seis moedas fortes (euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço), anotava alta de 0,10%, aos 98,12 pontos.

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    No mesmo horário, a valorização do dólar era maior em relação a divisas de países emergentes. Na comparação com o peso colombiano, atingia 0,88% e, sobre o peso mexicano, a elevação era de 0,48%.

    No caso das bolsas de valores globais, os principais índices das bolsas de Nova York também operavam em queda generalizada, à semelhança do Ibovespa. Às 16h10, as baixas eram de 0,47% no S&P 500; de 0,53% no Dow Jones; e de 0,69% no Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia.

    Previsões de inflação

    Nesta segunda-feira, o mercado acompanhou a divulgação dos dados do último Boletim Focus de 2025, preparado pelo Banco Central (BC). O relatório mostrou queda da estimativa de inflação para este ano pela sétima vez seguida. Desta vez, ela baixou de 4,33% para 4,32%. Para 2026, a previsão foi caiu pela sexta vez, de 4,06% para 4,05%.

    Também no Focus, a pesquisa feita com economistas de mercado e divulgada semanalmente pelo BC, a cotação do dólar foi revista para cima em 2025. Agora, a projeção de fechamento da moeda americana ficou em R$ 5,44, ante R$ 5,43 estimados na semana passada.

    Acareação com Master

    Os agentes econômicos acompanham também as movimentações para a acareação entre Daniel Vorcaro, do Banco Master, Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB, e Ailton de Aquino Santos, diretor de fiscalização do Banco Central (BC). A medida foi determinada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Ata do BC americano

    Antes do fim deste ano, o mercado ainda aguarda a veiculação de dados econômicos relevantes. No quadro externo, isso inclui a ata da última reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

    O documento será divulgado nesta terça-feira (30/12). Em 10 de dezembro, o Fomc reduziu pela terceira vez seguida os juros do país em 0,25 ponto porcentual. Agora, eles estão no intervalo entre 3,50% a 3,75%. Na ata, os agentes econômicos caçam sinais sobre novas reduções da taxa para orientar decisões de investimento.

    Mercado de trabalho

    No quadro interno, os investidores esperam pela divulgação dos dados da Pnad Contínua, que traz a taxa de desemprego no trimestre encerrado em novembro. Além disso, o Ministério do Trabalho e Emprego também apresentará, na terça-feira, os números sobre vagas de emprego com carteira assinada abertas e fechadas em novembro no Brasil.

    Essas informações são acompanhadas de perto pelo mercado local, porque também servem para projeções sobre um eventual corte da taxa básica de juros do país, a Selic. Até o momento, porém, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, não deu sinal de início do ciclo de baixa da Selic.