Na sexta-feira (5/12), o valor total de mercado da Bolsa brasileira (B3) recuou de R$ 4,93 trilhões para R$ 4,74 trilhões, somando o impacto consolidado de todas as empresas listadas. O movimento resultou numa queda de R$ 182,7 bilhões em apenas um dia. Os números foram levantados pela consultoria Elos Ayta.
A queda brusca da Bolsa foi uma reação do mercado de capitais à indicação de Flávio Bolsonaro para concorrer à Presidência da República, feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso na carceragem da Polícia Federal, em Brasília. A notícia foi divulgada pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
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No momento em que a informação foi veiculada, o Ibovespa, que operava em alta e caminhava para bater novo recorde, desabou. Ao final do pregão, o principal índice da B3 fechou em baixa de 4,31%. O dólar, por sua vez, disparou. A moeda americana registrou alta de 2,31%, cotada a R$ 5,43, o maior valor desde 16 de outubro.
Entre as empresas que estão no Ibovespa, de acordo com o levantamento da Elos Ayta, o destaque negativo ficou com o Itaú, que liderou as quedas ao perder R$ 19,1 bilhões em valor de mercado. O banco foi seguido de perto pela Petrobras, que recuou R$ 17,7 bilhões. Ambos, líderes históricos em capitalização na Bolsa, foram responsáveis por cerca de 20% de todas as perdas registradas no pregão.
Bancos caíram
Em geral, o setor bancário demonstrou ampla sensibilidade ao cenário do dia, com Bradesco (- R$ 11,0 bilhões), Banco do Brasil (- R$ 9,2 bilhões) e BTG Pactual (- R$ 7,2 bilhões) figurando entre os dez maiores recuos. A retração também atingiu companhias de outros setores como Axia Energia (a antiga Eletrobras), que perdeu R$ 7,9 bilhões, e a Rede D’Or, com queda de R$ 7,3 bilhões.
O valor de mercado de uma empresa é calculado com base no preço da ação na data do cálculo, multiplicado pela quantidade de papéis da companhia em circulação no mesmo dia.
