Portal Estado do Acre Notícias

Em mensagem, assessor alvo da PF indicou esconderijo a TH Joias

em-mensagem,-assessor-alvo-da-pf-indicou-esconderijo-a-th-joias

Em mensagem, assessor alvo da PF indicou esconderijo a TH Joias

Além de Rodrigo Bacellar, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e de Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, um terceiro nome aparece na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a prisão de Bacellar nesta quarta-feira (3/12).

Thárcio Nascimento Salgado também é alvo da investigação da Polícia Federal (PF), que mira uma organização criminosa. Conforme o documento que autorizou a operação Unha e Carne, ele, que já atuou como assessor de TH Joias, preso em setembro deste ano, teria auxiliado na tentativa de fuga do então deputado.

Leia também

Mensagens acessadas pelos investigadores da PF, após a quebra do sigilo telemático do celular de TH, revelam que Thárcio e ele conversaram na noite de 2 de setembro, menos de 24 horas antes da operação ser deflagrada.

O caminho até o esconderijo

Às 22h30 daquele dia, TH solicitou que o assessor passasse a se comunicar por um novo número, agora com DDD da Paraíba. Também perguntou qual seria o endereço para onde deveria se dirigir.

Após duas ligações, com duração inferior a um minuto cada, Thárcio indicou o local do esconderijo: “Bloco 6… 802.”

No dia seguinte, 3 de setembro, TH foi localizado e preso no apartamento 802, do bloco 6, do Condomínio Majestic, na região de Barra Olímpica.

Contato de confiança

Antes de ser preso, TH organizou uma lista com contatos de emergência. No topo do compilado, aparece o presidente da Alerj. Mais uma vez, o nome de Thárcio surge na investigação.

Ele também consta entre os contatos reservados para situações consideradas urgentes.

Além disso, segundo a PF, Thárcio teria recebido valores da organização criminosa com a finalidade de lavar dinheiro de origem ilícita.

5 imagensFechar modal.1 de 5

Foto de TH Joias deitado com pilhas de dinheiro foi revelada pela PF

Material cedido ao Metrópoles2 de 5

Ao longo das investigações, a polícia constatou que TH ostentava riqueza ilícita nas redes sociais

Reprodução/Alerj3 de 5

TH Joias e Rodrigo Bacellar

Reprodução/Instagram4 de 5

O presidente da Alerj foi preso sob suspeita de vazr informações da operação ao CV

Reprodução/Redes sociais5 de 5

Bacellar ajudou na fuga de TH Joias, aponta Polícia Federal

Reprodução/Redes Sociais

As punições

Na mesma decisão em que decretou a prisão preventiva de Bacellar, o ministro do STF autorizou que Thárcio fosse alvo de mandado de busca e apreensão.

O investigado também foi submetido ao uso de tornozeleira eletrônica, sob pena de decretação de prisão preventiva em caso de descumprimento da medida.

Entre as restrições impostas estão:

Thárcio também foi intimado a prestar depoimento à PF no âmbito da operação Unha e Carne, que apura o vazamento de informações da operação Zargun.

A prisão de Bacellar

4 imagensFechar modal.1 de 4

Rodrigo Bacellar é presidente da Alerj

Divulgação2 de 4

Bacellar é acusado de vazar informações de operação contra o CV

Divulgação3 de 4

Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), é preso pela PF

Divulgação4 de 4

Bacellar é acusado de vazar informações de operação que prendeu o deputado TH Joias

Divulgação

O presidente da Alerj foi preso nesta quarta (3) suspeito de vazar informações sigilosas da Operação Zargun, a mesma que prendeu TH Joias. Além de mandar prender o político, Moraes pediu que ele seja afastado do cargo de presidente da Alerj.

Os mandados — um de prisão preventiva, oito de busca e apreensão e um de intimação para medidas cautelares — foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes e fazem parte das determinações da ADPF das Favelas (ADPF 635), que atribuiu à PF a responsabilidade de investigar a atuação dos principais grupos criminosos violentos no Rio de Janeiro.

Moraes apontou, ainda, que a PF constatou fortes indícios de que Bacellar integra uma organização criminosa no RJ. “Os fatos narrados pela PF são gravíssimos, indicando que Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção  e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual, capazes de potencializar o risco de continuidade delitiva e de interferência indevida nas investigações da organização criminosa”, afirmou.

Sair da versão mobile