O vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) foi reeleito nesta segunda-feira (15/12) para mais um ano de mandato como presidente da Câmara Municipal de São Paulo.
A recondução de Teixeira representa uma vitória do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e de seus aliados, que encamparam a candidatura do atual presidente.
Com apoio quase unânime na Casa, Teixeira foi o candidato único da disputa. Foram 49 votos a seu favor. Apenas os vereadores do PSol não votaram pela recondução e se abstiveram.
“O diálogo prevalece”, afirmou o parlamentar em sua primeira fala no plenário após ser reeleito.
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A eleição da Câmara Municipal foi marcada por um racha entre a base aliada de Nunes e o União Brasil, comandado em São Paulo pelo ex-presidente Milton Leite.
O cacique e seu grupo tentaram, primeiramente, emplacar o nome de Silvão Leite, ex-assessor e pupilo de Milton, como o candidato do partido. Depois, com a falta de apoio a Silvão, os vereadores da bancada indicaram Rubinho Nunes, que é desafeto do prefeito desde a campanha eleitoral de 2024, como o candidato do partido.
O União argumentava que havia um acordo com Nunes e outros partidos de que teria o comando da Câmara durante os quatro anos de mandato. Além disso, a bancada também tinha um acordo interno para que houvesse um rodízio entre seus vereadores no cargo.
A base nunista, no entanto, passou a trabalhar pela reeleição de Teixeira, contrariando o União Brasil. Os aliados do prefeito conseguiram angariar apoio de 10 partidos, incluindo o PT, o que deixou a vitória do atual presidente praticamente certa.
Com eminente derrota, na última sexta-feira (12/12), a Executiva municipal do União Brasil decidiu retirar a candidatura de Rubinho e apoiar a reeleição de Teixeira. Antes, o partido chegou a cogitar a suspensão da filiação do atual presidente da Câmara.
Nos bastidores, o momento é visto como uma vitória do prefeito na queda de braço com Milton Leite pelo controle do Legislativo municipal.
