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Emagrecer melhora o lipedema? Veja se a dieta atua contra a doença

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Emagrecer melhora o lipedema? Veja se a dieta atua contra a doença

O lipedema, condição crônica marcada pelo acúmulo desproporcional de gordura nas pernas, quadris e braços, não desaparece com dietas ou perda de peso. Mesmo assim, podemos afirmar com segurança: a alimentação tem papel central no controle da doença. Mais que uma aliada, ela é um dos pilares do tratamento.

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Isso porque, embora a gordura do lipedema não responda de forma convencional ao emagrecimento, o corpo como um todo responde. Quando a pessoa perde peso, diminui-se a inflamação sistêmica, melhora-se a circulação e reduz-se a sobrecarga nas articulações. Todos esses fatores, juntos, diminuem dor, inchaço e sensação de peso nas pernas, sintomas típicos do lipedema.

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Outro ponto importante é que uma alimentação equilibrada ajuda a evitar o avanço do quadro. O excesso de gordura que não é do lipedema pode acelerar a progressão da doença, gerar mais desconforto e comprometer a mobilidade. Por isso, ajustar a dieta não é apenas recomendado: é essencial para manter estabilidade e qualidade de vida.

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Dietas anti-inflamatórias, com foco em alimentos naturais, boa ingestão de proteínas, vegetais variados, gorduras boas e baixo consumo de ultraprocessados, têm mostrado benefícios consistentes. Elas ajudam no controle do peso, reduzem a retenção de líquidos e contribuem para o funcionamento saudável do sistema linfático — um ponto sensível para quem tem lipedema.

Ainda assim, vale reforçar: a dieta não “cura” o lipedema. O acúmulo específico de gordura, causado por fatores hormonais e genéticos, permanece mesmo após emagrecimento.

Por isso, o tratamento ideal envolve um conjunto de estratégias, como drenagem linfática, uso de meias de compressão, fisioterapia especializada e, em casos selecionados, procedimentos cirúrgicos.

A mensagem principal é clara: embora a perda de peso não elimine o lipedema, a alimentação adequada é uma das ferramentas mais potentes para controlar sintomas, evitar piora e viver com mais conforto. Cuidar do que se come não é um detalhe, é parte fundamental do tratamento.

(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida

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