Em comunicado distribuído na noite deste domingo (14/12), a Enel informou que o fornecimento de energia em São Paulo e região metropolitana “está voltando ao padrão de normalidade na área de concessão, com o restabelecimento do serviço para os clientes”. No entanto, o monitoramento da concessionária registrado às 21h02 apontava que, apenas na capital paulista, ainda havia 46.129 imóveis afetados.
O segundo município mais atingido, segundo o balanço de 21h02, é Cotia, com 12.496 clientes sem energia. Em seguida, vem Itapecerica da Serra, com 3.547 imóveis.
A passagem de um ciclone extratropical, na última quarta-feira (10/12), com ventos de quase 100 km/h, chegou a deixar mais de 2 milhões de imóveis sem energia. Em alguns locais, o apagão persiste há cinco dias.



Ventania derrubou árvores em São Paulo
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Uma mulher morreu, na tarde dessa sexta-feira (12/12), ao ser atingida pela queda de uma árvore. O caso ocorreu na Rua Arminda de Lima, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo
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Árvores caem sobre carros no Ibirapuera
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Árvores caem sobre carros no Ibirapuera
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Avenida Brasil, sentido Parque do Ibirapuera
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Árvores caem sobre carros na zona sul de SP
Jéssica Bernardo/Metrópoles
Ventania derrubou árvores em São Paulo
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Ventania derrubou árvores em São Paulo
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Estragos da ventania atingiram São Bernardo
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Corpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventania
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Ventania derrubou árvores na zona sul de São Paulo
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Ventania derrubou árvores em São Paulo
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Ventania derrubou árvores em São Paulo
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Além do prejuízo a residências e comércios, o problema acabou provocando falta d’água e caos no trânsito devido à falha nos semáforos. Além disso, a ventania derrubou dezenas de árvores e resultou no cancelamento de mais de 300 voos nos aeroportos de São Paulo.
O que diz a Enel
Na nota, a Enel diz que “técnicos da distribuidora seguem atuando em alguns casos mais complexos de reconstrução de rede, que envolvem troca de cabos, postes e outros equipamentos”. Além disso, diz a concessionária, “as equipes também trabalham para atender solicitações de falta de luz registradas após o evento climático”.
Segundo a Enel, o vendaval foi o mais prolongado já registrado na região. “As rajadas atingiram um pico de 82,8 km/h no Mirante de Santana. Radares do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo registraram um pico local de 98,1 km/h na região da Lapa”, informa o comunicado.
Apagão em São Paulo
- Moradores da capital paulista e da região metropolitana são afetados há cinco dias dias por um apagão, após vendaval com rajadas de de quase 100 quilômetros por hora ter atingido a região devido a um ciclone extratropical formado no Sul do país.
- Na manhã deste domingo (14/12), cerca de 160 mil imóveis continuavam sem luz — na noite de domingo, a Enel informou que a situação tinha sido normalizada. No sábado (13/12), foram registrados mais de 470 mil.
- Na quarta-feira (10/12), a falta de energia atingiu mais de 2 milhões de imóveis da Grande São Paulo.
- Mais de 800 mil imóveis seguiam sem energia elétrica na sexta-feira (12/12). Anteriormente, na quinta-feira (11/12), mais de 1,5 milhão de clientes estavam sem luz.
- Entre os diversos impactos dos ventos, também estão falta de água, quedas de árvores e cancelamentos de voos.
- Alguns bairros também ficaram sem água. De acordo com a Sabesp, a falta de eletricidade impede o abastecimento das residências.
Na sexta-feira (12/12), o Ministério Público no Tribunal de Contas da União (MPTCU) recomendou determinação de suspensão de quaisquer atos administrativos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) relacionados à renovação do contrato da concessionária Enel.
Para o órgão, “falhas graves” na prestação do serviço de distribuição de energia em São Paulo evidenciam violação da Constituição. “É essencial que o Tribunal de Contas da União, no exercício de sua função preventiva e fiscalizadora, adote medidas para evitar a perpetuação de concessões que não atendam aos padrões exigidos pela legislação”, apontou o parecer do subprocurador-geral, Lucas Rocha Furtado.
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O pedido, que ainda deve ser avaliado pelo presidente do TCU, destacou ainda que os episódios naturais, embora impactantes, não podem ser considerados imprevisíveis, “especialmente em regiões como São Paulo, que historicamente enfrentam chuvas intensas, ventos fortes e granizo”.
Ao Metrópoles, Furtado disse que o objetivo é “provocar manifestação da equipe técnica do TCU”.




