O orgasmo é o pico do prazer sexual, o que resulta em uma descarga de sensações intensas e contrações musculares pélvicas. Embora seja mais comum acontecer quando estamos acordados, também pode ocorrer durante o sono. No entanto, o contexto neurológico muda a experiência e sua intensidade.
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De acordo com a sexóloga Alessandra Araújo, a principal diferença reside no envolvimento cognitivo. Enquanto o orgasmo em vigília exige foco mental, intenção, mindfulness e, frequentemente, estímulo tátil direto (externo), o orgasmo no sono, conhecido como “sonho molhado”, é um evento passivo e endógeno, ou seja, gerado internamente.
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Caracterizado por sensações intensas de prazer e contrações musculares rítmicas na região pélvica
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Além de gostoso, traz benefícios para a saúde
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É o ápice da sensação de prazer, enquanto a ejaculação é a saída de fluidos corporais
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“Ele ocorre predominantemente durante a fase REM (Rapid Eye Movement), quando o corpo está paralisado pelo sono, mas o cérebro está hiperativo, simulando experiências vívidas. No sono, a experiência é mediada pelo subconsciente, muitas vezes sendo apenas a sensação física que acorda a pessoa, deixando o conteúdo do sonho fragmentado e difícil de lembrar”, explica a profissional.
Alessandra Araújo comenta que muitas mulheres relatam que os orgasmos noturnos são tão intensos ou até mais potentes do que os vividos em vigília. A explicação está na ausência de inibição psicológica.
“Durante o sono REM, as barreiras do córtex pré-frontal estão completamente desligadas. Isso permite que o sistema de prazer do cérebro (ativado pela excitação do sonho) libere a descarga orgásmica de forma plena, sem os ‘freios’ que a mente consciente costuma impor”, esclarece a sexóloga ao Metrópoles.
Características do orgasmo noturno
Segundo a profissional, o orgasmo noturno é uma manifestação do funcionamento normal do corpo. O processo é desencadeado pela fisiologia do sono REM, que inclui o aumento do fluxo sanguíneo e a liberação de neurotransmissores.
Aumento do fluxo sanguíneo
“Na fase REM, o fluxo sanguíneo para os órgãos genitais (fenômeno análogo à ereção masculina noturna) aumenta significativamente. Este aumento da vascularização e do inchaço genital (o que chamamos de prontidão fisiológica) aproxima o limiar para o orgasmo”, explica a expert.
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Liberação de neurotransmissores
Se o conteúdo do sonho é sexualmente excitante, o cérebro libera dopamina e oxitocina, em resposta ao estímulo onírico. Isso, combinado com o aumento do fluxo sanguíneo, é suficiente para atingir o ápice orgásmico.
É por isso que o orgasmo ocorre sem estímulo direto; o estímulo é endógeno, é gerado e processado pelo próprio cérebro durante o sonho
Alessandra Araújo
Fatores que interferem na intensidade dos orgasmos
- Fase do ciclo menstrual: os níveis de estrogênio e testosterona estão em seu pico, o que aumenta a libido e a sensibilidade clitoriana.
- Qualidade do sono: quanto melhor a qualidade do sono e mais a pessoa atinge as fases REM, maior a probabilidade de ter sonhos e orgasmos intensos.
- Nível de estresse: o estresse crônico eleva o cortisol, o que pode inibir a libido e a resposta sexual mesmo no sono. Porém, se o desejo sexual é reprimido ou inibido durante o dia, o subconsciente pode liberar essa tensão sexual acumulada de forma mais explosiva durante a noite.
