O ex-secretário-adjunto de Segurança de Arujá Uelton de Souza Almeida, suspeito de matar um guarda civil municipal (GCM) em Arujá, na Grande São Paulo, entregou-se à Polícia Civil, no início da noite dessa sexta-feira (26/12), acompanhado de seu advogado.
Ele estava foragido desde que a Justiça decretou sua prisão temporária pelo assassinato do GCM Nelson Caetano de Lima Neto, de 37 anos, na véspera do Natal. Logo após o crime, a Prefeitura de Arujá exonerou Almeida do cargo de secretário-adjunto, além de desligá-lo da GCM do município até a conclusão da investigação do crime.
Almeida, que se elegeu vereador e se licenciou para assumir o cargo na Secretaria de Segurança, seria submetido a uma audiência de custódia neste sábado (27/12). Em definição sobre o mandato de vereador ainda será definida pela Câmara Municipal de Arujá.
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Entenda o caso
- O crime aconteceu na noite de quarta-feira (24/12), por volta das 23h10, em uma residência localizada no bairro Jardim Arujá. De acordo com registros da Polícia Civil, obtidos pelo Metrópoles, Almeida havia sido convidado por GCMs para um churrasco.
- Cerca de cinco minutos depois do convite feito por mesagem no celular, ele entrou em contato com a corporação relatando que teria havido uma tentativa de invasão à residência onde estava e solicitou que a equipe fosse ao local apenas para a preservação da área.
- Quando os GCMs chegaram no imóvel, encontraram a ex-esposa de Almeida, Juliana Simão Gomes, em estado de choque. Ela, então, informou que Nelson Caetano de Lima Neto havia sido ferido a tiros efetuados pelo próprio secretário-adjunto.
- Segundo o registro policial, Juliana relatou que estava na área da cozinha quando ouviu o som dos tiros. Ela afirmou que os disparos ocorreram “de forma repentina”. Lima Neto foi atingido e caiu no local, onde sua morte foi constatada. Almeida fugiu.
- A Polícia Civil informou que, inicialmente, equipes da guarda realizaram buscas no imóvel e no entorno para tentar localizar o suspeito, mas ele não foi encontrado. O local apresentava marcas de sangue e indícios de que o provável autor havia fugido logo após os disparos.
- Na Delegacia de Arujá, crime foi enquadrado como homicídio qualificado. Segundo o entendimento inicial, os disparos teriam sido efetuados de surpresa, sem possibilidade de reação ou defesa por parte da vítima.
- O corpo de Nelson Caetano de Lima Neto foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico e seria enterrado em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana.
