O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, neste domingo (14/12), que exames anteriores já indicavam a necessidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se submeter a uma cirurgia para tratar hérnias inguinais. O diagnóstico foi confirmado após a realização de exames de ultrassonografia nesta tarde.
De acordo com o filho “02” de Jair Bolsonaro, mesmo com análises médicas anteriores, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou pedidos da defesa do ex-mandatário.
“Os exames já haviam comprovado a necessidade. Ainda assim, Moraes recusou e determinou, de forma absurda, que novos exames fossem realizados na própria Polícia Federal. Algo que nem chefes do tráfico enfrentaram quando precisaram de cirurgia. Mas, claro, dizem que é só coincidência”, declarou Carlos.
“Qualquer pessoa minimamente lúcida sabe: 2018 não acabou – e 2025 tem uma intenção muito clara”, completou o vereador em postagem no X.
Nesse sábado (13/12), Moraes autorizou a entrada de um médico com aparelho ultrassom portátil na cela onde Bolsonaro cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, para a verificação da existência de hérnia inguinal bilateral. A permissão foi requerida pelos advogados do ex-presidente na última quinta-feira (11/12).
Por volta das 13h deste domingo, o médico Bruno Luís Barbosa Cherulli chegou ao local portando um equipamento portátil de ultrassom. Depois da avaliação médica, o advogado João Henrique de Freitas, publicou nota sobre o quadro do ex-presidente.
“Os exames identificaram duas hérnias inguinais, e os médicos recomendaram que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico, a única forma de tratamento definitivo para o quadro”, informou Freitas.
A hérnia inguinal é o deslocamento de uma parte do intestino ou de tecido abdominal por uma abertura na região da virilha. Ela costuma causar um inchaço local e pode provocar dor ou desconforto, principalmente ao esforço.
Pedidos da defesa
O ultrassom foi solicitado após o ministro do STF considerar antigos os documentos apresentados pela defesa para pedir nova cirurgia em Bolsonaro e determinar uma perícia médica oficial da PF, em até 15 dias, para avaliar a necessidade do procedimento.
Os advogados pediram, em 9 de dezembro, autorização para que Bolsonaro realize a intervenção no hospital DF Star, em Brasília, e fique no local pelo “tempo necessário” para recuperação.
Depois da primeira decisão do ministro, a defesa alegou, na última quinta-feira (18/12), que “recebeu pedido médico específico e atualizado, subscrito pelo Dr. Claudio Birolini, requisitando, em caráter de urgência, a realização de ultrassonografia das regiões inguinais direita e esquerda, para constatação de hérnia inguinal bilateral”.
Os advogados ressaltavam na solicitação que o intuito era acelerar e “viabilizar a instrução pericial oficial, fornecendo elementos diagnósticos atualizados sem necessidade de deslocamento”.
