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Fazenda ligada à Brooksfield tinha trabalhadores em situação precária

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Fazenda ligada à Brooksfield tinha trabalhadores em situação precária

Cinco trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão em uma fazenda no Mato Grosso do Sul ligada a um dos donos do grupo que agrega grandes marcas de moda masculina, como a Via Veneto, a Brooksfield e a Harry’s. A operação ocorreu em agosto, em propriedade de uma empresa de Carlos Manoel da Silva Antunes, um dos três sócios do grupo.

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Marcas masculinas fazem parte do grupo cujo dono tem a fazenda

 

Dois funcionários de uma fazenda em Brasilândia (MS) foram presos, acusados de redução à condição análoga à escravidão e frustração de direitos trabalhistas. A propriedade pertence à empresa de um dos sócios do Grupo Via Veneto, dona da Brooksfield e de suas ramificações: Brooksfield Donna e Jr.

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O inquérito revela que os cinco trabalhadores foram recrutados em outras cidades para serviços terceirizados e viviam em condições precárias, alojados em um curral para cavalos e em um depósito sem higiene adequada. Eles cumpriam jornadas das 6h às 16h, de segunda a sábado, realizavam atividades como limpeza de pastagem e aplicação de herbicidas e eram obrigados a comprar produtos vendidos pela própria fazenda.

Funcionários dormiam em curral para cavalos

 

Brooksfield já foi acusada de mão de obra escrava

O caso é mais um de uma série de revelações sobre as precárias condições de trabalho em diversas empresas do mundo da moda. A própria Brooksfield, inclusive, já foi alvo de acusações: em 2016, uma auditoria realizada pelo Ministério do Trabalho e Previdência apontou que a Brooksfield Donna, marca feminina de luxo do grupo Via Veneto, utilizava mão de obra escrava em uma de suas fábricas de roupas, localizada na zona leste de São Paulo.

Não é a primeira acusação que envolve a marca

 

Caso não é isolado na indústria da moda

Uma investigação da polícia italiana realizada em 2024 revelou práticas abusivas de trabalho em fábricas fornecedoras de marcas de luxo, como Dior e Armani, no país. O caso, que envolve exploração de imigrantes ilegais e pessoas empregadas sem registro, expôs uma realidade preocupante por trás da produção de bolsas das grifes vendidas a preços exorbitantes no varejo.

A situação chamou a atenção das autoridades quando promotores em Milão acusaram as marcas Dior e Armani de não supervisionarem adequadamente as próprias cadeias de suprimentos. As apurações revelaram que os trabalhadores recebiam entre US$ 2 (equivalente a R$ 10,96) e US$ 3 (R$ 16,44) por hora.

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