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Fé em dias melhores (por Miriam Guaraciaba)

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Fé em dias melhores (por Miriam Guaraciaba)

A cada fim de ano, renovamos a esperança. Que assim seja nesse Natal. Fé, esperança e sorte para os brasileiros. A mega da virada acumulou em um $ 1 bilhão, pela primeira vez na história. De presente, que tal bom senso para as eleições gerais de 2026?

Dias de festa para milhões de pessoas. Na esteira dessa esperança renovada, impossível ignorar a realidade cruel de milhões de lares em que mulheres sofrem ataques de todas as laias. Violência crescente. Hora de exigir que os homens aprendam a respeitar as mulheres.

Especialistas defendem que enfrentar a violência contra a mulher implica tirar os “machos” , ou nem tanto, da posição de espectadores e colocá-los como agentes ativos da questão feminina.

Que deixem de esfolar a alma feminina, muitas vezes manipulando os filhos com requintes de maldade. Casos chocantes se sucedem. Quando não matam, aleijam. Quando não aleijam, punem a própria família para atingir aquelas com quem um dia dividiram cama e rotina. Rasteiros, jogam crianças e adolescentes na vibe da vingança.

Maridos punem as mães, e transformam seus filhos em adultos infelizes, doentes, inseguros. Forjam jovens e crianças. Para os menores, a culpa por todos os desencontros da vida é sempre da mulher.

Há de se convencer a sociedade e os governos para tanto.  São crescentes os ataques contra a mulher – de toda e qualquer natureza, por todo e qualquer motivo alegado por eles – enquanto fechamos os olhos para o grave problema.

A direita resiste ao tema. No estado mais rico da federação, o governador Tarcísio de Freitas, aspirante meia bomba à Presidência da República, cortou na raiz recursos destinados ao combate à violência contra a mulher. Este ano, Tarcísio, mais preocupado com as sandálias Havaianas, e insensível às questões femininas, congelou 96% do orçamento da pasta.

O MInisterio Público instaurou inquérito civil público para apurar suposta omissão. A investigação se baseia no aumento dos casos de feminicídio registrados no Estado de SP. Em 2025, foram 207 casos contra 194, em 2004. Só a capital responde por um a cada quatro homicídios.

Mas vem aí 2026. Ano Novo. Novas promessas. Metas renovadas. Fé e esperança para os que acreditam em dias melhores. Feliz Natal!

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