A psicóloga e coreógrafa Lili De Grammont, filha do cantor Lindomar Castilho, se manifestou após a morte do pai, nesta sexta-feira (19/12). Ela também é filha de Eliane de Grammont, que foi assassinada pelo artista em 1981, quando estava no auge da carreira. Em um desabafo, ela disse que o pai tinha uma “masculinidade tóxica” e falou sobre perdão.
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“Evoluir”
“O que te faz ser quem você é? As palavras não são suficientes para explicar o que estou sentindo!”. começou Lili numa postagem no Instagram. “Só sinto uma humanidade imensa, sinto o tanto que estamos nesta terra para evoluir. Sinto o poder das coisas que verdadeiramente importam”, completou.
Segundo ela, o cantor também “morreu em vida” após matar a ex-esposa. “Meu pai partiu! E como qualquer ser humano, ele é finito, ele é só mais um ser humano que se desviou com sua vaidade e narcisismo. E ao tirar a vida da minha mãe também morreu em vida. O homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino, morre uma família inteira.”
Lili De Grammont, filha do cantor Lindomar Castilho
Reprodução/Redes sociais
Morre o cantor e compositor Lindomar Castilho, aos 85 anos
Reprodução/Instagram @lilidegrammont
Lindomar Castilho morreu aos 85 anos
Reprodução/Redes sociais
Ainda em seu desabafo, Lili ressaltou que tem sua consciência tranquila e deixou em aberto sobre um possível perdão ao pai após o crime cometido contra a mãe:
“Assim me despeço do meu pai, com a consciência de que a minha parte foi feita com dor sim, mas com todo o amor que aprendi a sentir e expressar nesta vida. Se eu perdoei? Essa resposta não é simples como um sim ou não, ela envolve tudo e todas as camadas das dores e delícias de ser, um ser complexo e em evolução”, disse.
“Passagem”
Ela completou desejando que a alma do pai “se cure”: “Diante de tudo isso, desejo que a alma dele se cure, que sua masculinidade tóxica tenha sido transformada. Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre.”
Lindomar Castilho matou Eliane de Grammont, sua ex-companheira, no dia 30 de março de 1981. No auge da carreira, ele disparou cinco tiros contra a ex-esposa de 26 anos, mãe de uma de suas filhas. Ela se apresentava na boate Belle Époque, em São Paulo, com o violonista Carlos Randall. Lindomar foi julgado em 1984, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
